A Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em fevereiro desse ano, apontou para manipulação de resultado em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, além de partidas de campeonatos estaduais.
Dentre os diversos jogadores citados na investigação, oito deles serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima quinta-feira (1), às 11h (horário de Brasília), no Plenário do STJD, no Rio de Janeiro.
São eles Moraes (à época no Cuiabá, hoje na Aparecidense-GO), Gabriel Tota (à época no Juventude, hoje sem clube), Paulo Miranda (à época no Juventude, hoje sem clube), Eduardo Bauermann (Santos), Igor Cariús (à época no Cuiabá, hoje no Sport), Fernando Neto (à época no Operário-PR, hoje no São Bernardo), Matheus Gomes (à época no Sergipe, hoje sem clube) e Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino).
Eles podem sofrer penas que vão desde multas entre R$ 100 e R$ 100 mil a suspensão no âmbito esportivo. As sanções são acumulativas. Os jogadores envolvido em manipulação de resultado são denunciados nos artigos 191, e243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
🚨 MANIPULAÇÃO!
STJD marcou julgamento dos oito atletas para à próxima quinta-feira (01).
Moraes, Gabriel Tota, Paulo Miranda, Eduardo Bauermann, Igor Cariús, Fernando Neto, Matheus Gomes e Kevin Lomónaco, eles correm risco de suspensão de 365 dias.
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— 🇵🇹 (@ScopoDePortu) May 25, 2023
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Vale destacar que Lomónaco e Moraes fecharam acordos com o MP-GO e tornaram-se testemunhas na esfera criminal, fato que não impede de serem punidos no âmbito esportivo.
Quem for punido se juntará a Nikolas Santos de Farias, do Novo Hamburgo, que foi condenado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) na última segunda-feira (22) com suspensão de 720 dias (dois anos) e multa de R$ 80 mil, mesmo valor que teria recebido dos criminosos para cometer um pênalti em uma partida do Campeonato Gaúcho.
O que é a Operação Penalidade Máxima?
Iniciada a partir da denúncia do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que descobriu que seu jogador Romário estava envolvido em um esquema de apostas. A Operação revelou a existência desse grupo criminoso que atua oferecendo dinheiro a jogadores de futebol para manipular ações em partidas, como cometer penalidades, sofrer cartões amarelos, dentre outros. Conseguindo, através dessas iniciativas dentro dos jogos, ganhos financeiros em casas de apostas, como Bet365 e Betano – consideradas vítimas do esquema pelo órgão.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o esquema era organizado em quatro núcleos: Financiadores (responsáveis pela verba nas apostas), Apostadores (responsáveis por contatar e aliciar jogadores para participação no esquema), Intermediários (com função de indicar contatos e facilitar a aproximação entre apostadores e jogadores) e Administrativo (responsável pelas transferências financeiras a integrantes da organização criminosa e de jogadores participantes).