Quem são os envolvidos no esquema de manipulação de resultados? Veja

Nas últimas semanas, o esquema de manipulação de resultados dos principais campeonatos do Brasil foi a grande pauta esportiva. O Ministério Público de Goiás iniciou a segunda fase da Operação Penalidade Máxima em abril deste ano. A investigação abrange partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Ademais, alguns confrontos dos estaduais de 2023. De acordo como MP-GO, o grupo teria atuado oferecendo valores entre R$50 mil e R$100 mil para os jogadores intercedessem em alguns momentos do jogo, como receber cartões ou cometer pênaltis.

Com isso, o Ministério Público solicitou a condenação de todos os envolvidos na manipulação e pediu o ressarcimento de R$ 2 milhões aos cofres públicos por danos morais coletivos. As informações iniciais foram publicadas pela Veja. Os clubes e casas de apostas são tratados como vítimas do esquema. Assim, alguns nomes envolvidos são mais conhecidos pelo senso comum, como o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, mas quem são os outros envolvidos no esquema? Quais jogadores foram acusados de serem cúmplices? Quem são os apostadores que coordenavam o esquema? Veja a seguir!

Quem são os envolvidos no esquema de manipulação de resultados?

Os jogadores

Os atletas envolvidos no esquema de apostas esportivas são investigados por crimes contra o Estatuto do Torcedor. Eles foram indiciados nos artigos 41-Ce 41-D (veja a seguir as diretrizes);

Art. 41-C. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva, ou evento a ela associado. (Redação dada pela Lei nº 13.155, de 2015)”.

Art. 41-D.  Dar ou prometer vantagem patrimonial, ou não patrimonial com o fim de alterar, ou falsear o resultado de uma competição desportiva, ou evento a ela associado. Ambos preveem punição de dois a seis anos, além de uma multa”.

Os jogadores denunciados na primeira fase da Operação Penalidade Máxima

Ao total, oito jogadores foram denunciados por fazerem parte de esquema de manipulação de resultados em eventos esportivos na primeira fase da Operação Penalidade Máxima. São eles:

  • Romário (ex-Vila Nova);
  • Joseph (Tombense);
  • Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá);
  • Gabriel Domingos (Vila Nova);
  • Allan Godói (Sampaio Corrêa);
  • André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Ituano);
  • Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã);
  • Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR).

Os jogadores denunciados na segunda fase da Operação Penalidade Máxima

Em um segundo momento, o MP denunciou outros sete atletas por envolvimento com a quadrilha que interviu em determinados eventos dos jogos em questão. A lista está a seguir:

  • Eduardo Bauermann (Santos)
  • Fernando Neto (São Bernardo, hoje no Operário-PR)
  • Victor Ramos (Chapecoense)
  • Igor Cariús (Sport)
  • Matheus Gomes (Sergipe)
  • Paulo Miranda (Juventude-RS, hoje sem clube)
  • Gabriel Tota (Ypiranga-RS)

Jogadores que assumiram envolvimento no esquema

Quatro outros jogadores se declararam como culpados do envolvimento no esquema de corrupção de jogos e buscam acordos com o Ministério Público. Seguem os nomes: 

  • Kevin Lomónaco (RB Bragantino);
  • Moraes (Atlético-GO);
  • Nikolas Farias (Novo Hamburgo-RS);
  • Jarro Pedroso (Inter-SM).

Jogadores mencionados nas conversas dos apostadores

Segundo o jornal O Globo, outros nomes aparecem em conversas que estão sendo investigadas do MP-GO. Entretanto, não foram denunciados até então.

  • Leo Realpe (RB Bragantino);
  • Maurício (Internacional);
  • Alef Manga (Coritiba);
  • Max Alves (Colorado Rapids);
  • Diego Porfírio (ex-Coritiba, hoje no Guarani);
  • Bryan Garcia (Athletico Paranaense);
  • Rafael Vaz (ex-Avaí, hoje no São Bernardo);
  • Thonny Anderson (ex-Coritiba, hoje no ABC);
  • Jesus Trindade (Coritiba);
  • Auremir (ex-Goiás, hoje no CRB);
  • Sidcley (ex-Cuiabá, hoje no CKSA);
  • Zeca (Vitória);
  • Matheus Vargas (Sport).

Os apostadores

Segundo a denúncia realizada pelo Ministério Público de Goiás, o líder da quadrilha era Bruno Lopez de Moura. Além dele, foram também apontados oito nomes de apostadores que estavam ligados a manobra ilegal. São eles: 

  • Ícaro Calixto
  • Luís Felipe Rodrigues
  • Victor Yamasaki
  • Zildo Peixoto
  • Thiago Chambó
  • Romário Hugo dos Santos
  • Willian de Oliveira Souza
  • Pedro Gama dos Santos

Quais são os jogos analisados pela Operação Penalidade Máxima?

  • Palmeiras X Juventude
  • Juventude X Fortaleza
  • Goiás X Juventude
  • Ceará X Cuiabá
  • Sport X Operário-PR
  • Red Bull Bragantino X América-MG
  • Santos X Avaí
  • Botafogo X Santos
  • Palmeiras X Cuiabá
  • Red Bull Bragantino X Portuguesa-SP
  • Guarani X Portuguesa-SP
  • Bento Gonçalves X Novo Hamburgo
  • Caxias X São Luiz-RS)
Paulo Sérgio Nunes

Paulo Sérgio Nunes

Jornalismo, na melhor faculdade de Portugal: a Universidade do Porto. Cobertura de Libertadores, Champions League in-loco.