A torcida do São Paulo foi pega de surpresa com a informação de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) procurou o técnico Dorival Júnior para marcar uma reunião e ouvi-lo a respeito de comandar o Brasil, conforme publicou o UOL.
O nome de Dorival é visto com bons olhos pela CBF por conta do distanciamento do italiano Carlo Ancelotti, que deve permanecer pelo menos até a metade de 2024 no Real Madrid, da Espanha.
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Esse sentimento de ver um técnico partir do clube paulista a uma seleção não é novo, fato repetido em 2015 e 2016.
México e Argentina também “roubaram” técnicos do São Paulo
O ano de 2015 do Tricolor do Morumbi foi agitado. Iniciou o ano com o ídolo Muricy Ramalho no comando técnico, mas que teve que se despedir em abril por problemas de saúde. Milton Cruz ficou como interino até que o colombiano Juan Pablo Osorio, tetracampeão da Colômbia, foi anunciado como novo treinador.
A passagem de Osorio durou apenas dois meses, somando 29 jogos com 13 vitórias, sete empates e nove derrotas, aproveitamento de 53%. Desde o início chamou atenção os métodos diferentes do colombiano, que nunca repetiu uma escalação no clube e improvisou atletas em posições diferentes, como o lateral Carlinhos na ponta.
A saída aconteceu por um “desmanche” na janela de transferências, problemas com a diretoria e um convite da Seleção Mexicana, que não aceitava aguardar o técnico até dezembro de 2015. Osorio permaneceu no México até a Copa do Mundo de 2018, quando foi eliminado pelo Brasil nas oitavas de final.
Em 2016, o São Paulo teria novamente o sentimento de perder um técnico para seleção. Dessa vez, o argentino Edgardo Bauza recebeu um convite irrecusável de treinar o seu país – apesar de meses antes afirmar ao LANCE que não sairia do Tricolor nem por um convite da Argentina.
A passagem do “Patón” ficou marcada pela classificação às semifinais da Copa Libertadores, colocando o time paulista entre os quatro melhores da América após seis anos. O São Paulo terminaria eliminado para o Atlético Nacional, da Colômbia, ao perder de 2 x 0 no Morumbi e empatar fora de casa.
O time era esforçado, apesar de ter números ruins. Foram apenas 17 vitórias em 48 partidas com o técnico argentino, além de 13 empates e 18 derrotas, totalizando aproveitamento dos pontos de 44%.