Após cinco finais consecutivas disputadas apenas entre os quatro grandes clubes de São Paulo, teremos um “intruso” na decisão do Campeonato Paulista. Na última segunda-feira (20), o Água Santa superou o RB Bragantino nos pênaltis e irá enfrentar o Palmeiras na disputa do principal estadual do Brasil. A chegada do time de Diadema, amador até 2011, refrescou a memória dos torcedores que viram “zebras” na última década durante o Paulistão. Relembre quais foram os últimos finalistas mais inusitados.
Ponte Preta – 2017
A Macaca, como é conhecida o time de Campinas, começou o ano em meio a protestos da torcida e pedido de um elenco mais qualificado. A diretoria conseguiu manter William Potker e João Vitor, destaques na melhor campanha da história do clube na Série A no ano anterior. Além deles, a Ponte ainda contava com outros jogadores conhecidos, como os goleiros Aranha e Ivan, o lateral Nino Paraíba, o zagueiro Marllon, o meio-campista Matheus Jesus e os atacantes Clayson e Lucca.
Nas seis primeiras rodadas, a equipe teve Felipe Moreira como treinador, que acabou substituído pelo experiente Gilson Kleina. Sob o comando o experiente técnico, a Ponte Preta terminou em segundo no Grupo D, com o mesmo número de pontos do Santos. Por isso, enfrentou o time praiano pelas quartas-de-final e eliminou o então campeão nos pênaltis, em pleno Pacaembu. Na sequência, outro gigante iria sucumbir para a Macaca. Pottker, Lucca e Jeferson massacram o Palmeiras, vencedor do Brasileiro de 2016, no Moíses Lucarelli, que não conseguiu reverter a vantagem no Allianz Parque.
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Porém, mesmo batendo os dois gigantes, a Ponte não teve forças para vencer o Corinthians de Fábio Carille, que terminaria o ano como campeão brasileiro e também levaria os dois estaduais seguintes. O Timão venceu por 3 x 0 em Campinas e empatou na Arena Corinthians em 1 x 1.
Audax – 2016
O Audax de 2016 tornou-se um dos times mais relembrados no futebol paulista nos últimos anos. A equipe treinada pelo então desconhecido Fernando Diniz, que comandava os atletas Tchê Tchê, Camacho, Ytalo, Sidão, Yuri, dentre outros, marcou pelo seu futebol pautado na posse de bola, com saídas sempre pelo chão e muita aproximação enquanto atacava.
A campanha na primeira fase do Paulistão 2016 garantiu a primeira colocação do Grupo C, a frente do São Paulo, com 24 gols marcados em 15 jogos. No mata-mata, o Tricolor de Edgardo Bauza foi goleado por 4 x 1. O Corinthians, na época treinado por Tite, também teve um gostinho do que era aquele Audax, ao ser derrotado nos pênaltis na Arena Corinthians. Na decisão contra o Santos, dois jogos bem disputados, com um empate em 1 x 1 em Osasco e na Vila Belmiro um magro 1 x 0 dos mandantes, que foram sufocados pelos comandados por Diniz.
Ituano – 2014
O Ituano de 2014 não foi apenas um finalista inusitado, e sim um campeão. Desde 2004, quando o São Caetano levou o estadual, uma equipe de fora dos quatro grandes não vencia. Se o recorte for para vencedores do interior, é necessário voltar dois anos, em que o próprio time de Itu levou o Paulistão (nesse ano, os grandes disputaram a Copa Rio-São Paulo).
A fase de grupos do Ituano foi complicada e o time passou em segundo, deixando o Corinthians para trás. Pelas quartas, o caminho ficou mais tranquilo do que enfrentar algum dos gigantes e o Galo de Itu superou o Botafogo de Ribeirão Preto nas penalidades. O Palmeiras seria o adversário nas semifinais. Apesar de contar com mais de 30 mil vozes no Pacaembu, o Verdão foi derrotado pelo time do técnico Doriva.
O Santos chegou em 2014 na sua sexta final consecutiva de Paulistão contra um time inexperiente. Mas, em campo, parecia que o time de Itu tinha a bagagem dos últimos anos e conseguiu vencer em casa por 1 x 0 e segurar a pressão no Pacaembu para perder pelo mesmo placar, precisando novamente dos pênaltis. Nas penalidades, venceram por 7 x 6 e levaram o último título paulista do interior de São Paulo.
Foto Destaque: Reprodução/Djalma Vassão/Gazeta Press
