Ídolo do Cruzeiro, Fabrício revela planos de voltar ao futebol

Aposentado desde 2015, Fabrício estuda gestão e já tem a licença de treinador B, que permite o trabalho em categorias de base

Ídolo e ex-volante do Cruzeiro, Fabrício, de 41 anos, revelou que pensa em voltar a trabalhar com o futebol que estuda para isso. Em entrevista à Trivela, o antigo capitão da Raposa contou que faz um curso de gestão de futebol e que já pode trabalhar como treinador em categorias de base.

— Como eu fiquei sete anos afastado do futebol, depois dessa volta, principalmente pelo convívio com o torcedor, voltar ao estádio, essa coisa reacendeu em mim. Me distanciar foi um dos jeitos que eu achei para ficar bem. Mas não dá para ficar longe, eu precisava voltar. O futebol é maravilhoso. Então comecei a fazer os cursos agora. Fiz de gestão e de treinador de base, a licença B, também — contou Fabrício.

O ex-jogador disse ter passado uma semana em Florianópolis (SC) “falando somente de futebol”. Ele entende que precisa se preparar para exercer um bom papel no esporte, fora das quatro linhas.

— Das oito da manhã até às 18h, todo dia, envolvido. É cansativo, mas quando acabou eu pensei que passou rápido. Mexeu comigo. O futebol é incrível e eu preciso voltar. Alguma coisa eu preciso voltar a fazer no futebol — contou o antigo capitão da Raposa.

Retorno de Fabrício ao Cruzeiro?

Fabrício ainda deixou as portas abertas para trabalhar no Cruzeiro no futuro. Apesar de também estudar gestão, o antigo camisa 5 da Raposa pensa, inicialmente, em ser treinador de categorias de base.

— Estou estudando para voltar de alguma forma. Lógico que se puder associar profissionalismo com paixão, com amor, vai ser melhor ainda, mas de alguma forma preciso voltar, em algum lugar. Eu acho que posso contribuir. A princípio estou pensando mais em base, tem que ser por etapas. Eu ainda não me vejo como treinador de um time profissional — ponderou o ex-atleta.

O volante, que teve passagens por times como Corinthians e São Paulo, entende que por sua carreira no futebol, terá que lidar com as cobranças, mas vê isso com naturalidade e entende que se estiver devidamente preparado, isso não será problema.

— Como eu sempre fui muito preparado para jogar futebol, para mim era fácil. Agora, essa transição é sempre complicada, muito difícil. Mas para mim bastou uma transição rápida, voltar a falar de futebol, viver o ambiente, ir ao Mineirão, conversar com os amigos sobre futebol, ir nos programas, que a chama voltou a acender. Mas tenho que me preparar. Tem muitos acadêmicos hoje no futebol, tem que estudar. Tudo tem mudado, as características — analisou.

Gestão de futebol

Fabrício falou, também, sobre seu curso de gestão. Ele contou que jamais teve muito acesso a parte interna do futebol e que tem descoberto muitas coisas novas com esse contato profissional.

— Eu acho importante, porque nunca tive acesso a essa parte do clube. Como jogador, fiz parte das lideranças, mas a gente discutia outras coisas. Aquela coisa do dia a dia mesmo, com os diretores, logística, premiações, mas nunca tive esse acesso aos clubes, a como se gere, e é um mundo. Todos tem que falar a mesma língua, treinador, jogador, preparadores, gestores. Não tem mais espaço para amadorismo. Todo mundo tem que saber um pouco sobre tudo isso para a coisa andar — opinou o ex-camisa 5 do Cruzeiro.

Fabrício ainda fez um balanço sobre sua carreira, a qual acredita ter sido bem sucedida, principalmente por sua caminhada no futebol.

— Eu acho que minha carreira foi bem sucedida. Lógico, não fui campeão do mundo, jogador de Europa, mas para mim, saindo de onde saí, foi. Eu trabalhei muito, treinei muito para ser jogador. Não comecei desde velho não, treinei para caramba, desde menino. Sou querido pela torcida do Cruzeiro, que é super exigente. Sou muito grato — falou.

Maic Costa

Maic Costa

Maic Costa nasceu em Ipatinga, mas se radicou na Região dos Inconfidentes mineiros. Formado em Jornalismo na UFOP, em 2019, passou por Estado de Minas, Esporte News Mundo e Mais Minas. Atualmente, escreve para o Futebol na Veia e para a Trivela. Acredita que futebol é sonhar.