Conheça os Argentinos que jogaram Copas por outras seleções

A Argentina sempre revela grande craques do futebol mundial. No entanto, nem todos jogam pela Seleção de seu país natal. Sendo assim, diversos jogadores deixaram de defender a Albiceleste para defender suas seleções “secundárias”. Dessa forma, a coluna Catimbando dessa semana lista os Argentinos que defenderam outras seleções em Copas do Mundo.

Leia mais

Os argentinos que defenderam outras seleções

Campeões do Mundo

Na primeira Copa do Mundo da história, em 1930, a Argentina já tinha um jogador defendendo outro país. Dessa forma, José Laguna, fundador e primeiro presidente do Huracán, defendeu as cores paraguaias. Laguna defendeu a Albiceleste na primeira Copa América, em 1916, quando marcou um gol contra o Brasil. A saber, só esteve em campo após ser chamado das tribunas por falta de titulares.

No Mundial seguinte, três argentinos defenderam a Seleção Italiana, que seria campeã do torneio. Dessa forma, todos eram descendentes de italianos, mas nasceram na Argentina. Assim, Luis MontiAtilo Demaría (vices em 1930), Enrique GuaitaRaimundo Orsi defenderam a Azzurra.

Em 1950, um jogador argentino defendeu o campeão Uruguai. Trata-se de Ernesto Vidal, que jogava pelo Peñarol campeão do Campeonato Uruguaio em 1949. O ponta foi titular durante toda a Copa, mas não entrou em campo no Maracanazo por conta de uma lesão. Além disso, Antonio Greco defendeu a Bolívia.

Argentinos
Os campeões Monti, Guaita, Orsi, pela Itália em 1934, e Vidal pelo Uruguai em 1950. Foto: Divulgação/Futebol Portenho

Argentinos não campeões Mundiais

Na Copa de 1954, Juan Hohberg também defendeu o Uruguai. Dessa forma, após se lesionar voltou a tempo de defender a Celeste contra a poderosa Hungria. Depois de começar a partida perdendo por 2 x 0, Hohberg marcou dois gols nos últimos 15′. A saber, no 2º gol, aos 41′, o atacante desmaiou de emoção e, por alguns segundos, chegou a perder o pulso. Hohberg chegou a balançar a trave na prorrogação, mas os Uruguaios foram derrotados por 4 x 2. A saber, o ex-atacante treinou o Uruguai em 1970.

Argentinos
Juan Hohberg desmaiado. Foto: Divulgação/Trivela

Para a Copa do Mundo de 1962, Omar Sívori e Humberto Maschio defenderam a Azzurra. Alfredo Di Stéfano, apesar de ser um dos maiores jogadores da história do futebol nunca disputou uma Copa do Mundo. O lendário atacante do Real Madrid foi chamado para o Mundial de 62, mas não disputou por conta de uma lesão.

Sívori e Maschio defenderam a Argentina no título da Copa América em 1957. Apesar disso, estiveram ausentes na convocação para o Mundial de 58. A saber, a não convocação dos atletas é apontada como um dos principais fatores para a eliminação precoce da Argentina na Copa da Suécia. Pela Azzurra não conseguiram passar pela fase de grupos.

Posteriormente, em 1966, Héctor de Bourgoing foi outro campeão da Copa América de 1957 que defendeu outra nação. Dessa forma, o atacante defendeu a Seleção Francesa juntamente com Néstor Combín. No entanto, saíram na 1ª fase.

Goleiro acusado

Para a Copa de 1978, o goleiro Ramon Quiroga defendeu a Seleção Peruana. O guarda-redes é acusado de ter entregado gols para seu país natal, beneficiando a Argentina para ir à final do Mundial. A saber, a acusação se dá por conta dos seis gols sofridos contra a Argentina, o que acarretou na eliminação do Brasil. No entanto, a revista Placar inocentou o goleiro pelas redes balançadas. O arqueiro também esteve na Copa de 1980. Jorge Amado Nunes jogou pelo Paraguai, em 1986.

Os últimos Argentinos que defenderam outras nações

Em 1994, a Bolívia teve três jogadores argentinos. Assim, foram o goleiro Carlos Trucco e os defensores Gustavo Quinteros Luis Cristaldo. Este último é o que levou um soco de Edmundo na final da Copa América de 1997. Além deles, Néstor Subiat defendia a Suíça.

Já em 1998, a Espanha contava com Juan Antonio Pizzi no plantel ofensivo. O atacante desistiu da Argentina após ser constantemente esquecido nas convocações da Albiceleste. Dessa forma, defendendo a Fúria, entrou em campo contra a Seleção de seu país natal e marcou um gol. Além da equipe Espanhola, o Paraguai também contou com Argentinos em seu elenco. A saber, o volante Roberto Acuña defendeu a Albirroja em três Copas do Mundo: 1998, 2002 e 2006. Ademais, Ricardo Rojas também jogou pela equipe Paraguaia.

Quatro anos depois, em 2002, Pablo Mastroeni defendeu os Estados Unidos. Além disso, também jogou em 2006. Também no ano do Penta Brasileiro, Gabriel Caballero jogou pela Seleção Mexicana, a qual sucumbiu aos EUA de Mastroeni. Guillermo Franco, campeão da Mercosul 2001 contra o Flamengo, também representou o México em 2006. Ainda em 2006, o lateral Mariano Pernía foi convocado às pressas para a Espanha, após o corte de Asier del Horno.

Na Copa de 2010, os comandantes BielsaGerardo Martino, ambos argentinos, brigaram para ter Lucas BarríosEl Loco Bielsa convocou Matías Fernández para defender o Chile, mas também queria Barríos, que em 2008 foi artilheiro do mundo no Colo-Colo, com 37 gols. No entanto, o centroavante do Dortmund escolheu o Paraguai (país natal de sua mãe), de Martino. Na Albirroja encontrou outros dois argentinos: Jonathan Santana e Néstor Ortigoza. Por fim, Fernando Muslera defendeu a Seleção Uruguaia, país natal de seus pais.

Último argentino campeão do mundo por outra Seleção

Mauro Camoranesi defendeu as cores Italianas na Copa do Mundo de 2006. A saber, foi titular durante toda a competição e sagrou-se campeão do Mundial após a vitória nos pênaltis contra a França. O título mundial foi o 4º e último da Azzurra. Além disso, consagrou Camoranesi como o último argentino campeão do mundo. O volante também foi à Copa em 2010.

Foto Destaque: Divulgação/Twitter/Mauro Camoranesi

Gabriel Vicco

Gabriel Vicco

Oi, eu sou o Gabriel Vicco e sou apaixonado por futebol e sempre o tive o sonho de trabalhar com isso. Escolhi o jornalismo por gostar de escrever e me comunicar de várias maneiras. Tenho uma página no Instagram com alguns amigos, o Debate (@debateoficial), onde postamos notícias, análises e coberturas do Brasileirão Feminino. Atualmente, tenho a certeza de que a profissão que mais almejo é o jornalismo esportivo, por isso busco por experiências e pela minha evolução nesse ramo.