Antes de qualquer coisa, precisamos deixar claro que a Seleção Brasileira possui uma marca registrada em todo o mundo, o “jogo bonito”
Temos que admitir que o objetivo do futebol é a vitória e que para alcançá-la existem várias formas. Entretanto, para a Seleção vencer não basta. É preciso encantamento!
Seleção de 1994 x Seleção de 1982
A prova cabal do que falo é o sentimento que temos quando comparamos uma equipe que venceu a Copa do Mundo de um meio pouco usual historicamente para o brasileiro, em comparação ao esquadrão de 1982.
É certo que a equipe de 1982 tinha problemas defensivos, evidenciados contra a Itália, no que ficou conhecido como “A Tragédia do Sarriá”. Contudo, a marca deixada por Cerezo, Zico, Falcão, Sócrates, Éder, Leandro, Júnior e cia permeia o imaginário do mundo do futebol até os dias atuais.
Isso para não falarmos dos times de 1958, 1962 e do maior time de todos os tempos, a Seleção de 1970, que tinha Clodoaldo, Gerson, Rivelino, Tostão, Jairzinho e Pelé, que venceram e convenceram.
Em contrapartida a Canarinha de 1994, que nos tirou da fila de 24 anos, é tida até hoje como uma equipe que jogava feio. Assim, reverenciamos os craques sem amar aquela equipe específica.
Parece-me claro portanto, que ao Brasil não resta apenas vencer. Caso a amarelinha não encante, faltará alguma coisa, mesmo com a taça na mão, para convencer os mais ranzinzas.
A Seleção de Tite é inimiga do jogo bonito
A equipe comandada por Tite é inimiga do jogo bonito desde 2018. Desafio você, caro leitor a lembrar três partidas bonitas da amarelinha desde então.
O time é competitivo, pode até ser campeão, mas não deixará o legado do futebol brasileiro. Não encantará pessoas mundo afora. Nosso uniforme parecerá um amarelo desbotado que nem o ouro dará brilho.
Acorda Brasil! Queremos jogo bonito!
Foto Destaque: Lucas Figueiredo/CBF