Mauricio Barbieri foi demitido no dia 22 de junho, logo após a derrota do Vasco por 1 x 0 para o Goiás, em São Januário. Desde então, duas semanas já se passaram e o Cruzmaltino ainda não anunciou seu novo técnico. Apesar da demora, o clube tem dois nomes em pauta, e ambos são figuras bastante conhecidas no futebol brasileiro: Rogério Ceni e Paulo Pezzolano.
Com perfis diferentes, Ceni e Pezzolano vivem situações distintas atualmente em suas respectivas carreiras. Enquanto o ex-goleiro está sem clube desde que deixou o São Paulo em abril deste ano, o treinador uruguaio dirige o Real Valladolid, da 2ª divisão do futebol espanhol. Enquanto o Vasco não oficializa sua decisão, o Futebol na Veia resolveu traçar um comparativo entre as duas opções de técnico para o Cruzmaltino.
Rogério Ceni
Rogério Ceni foi um dos principais goleiros da história do futebol brasileiro e mundial. Após sua aposentadoria dos gramados, estudou, se preparou e resolveu seguir a carreira de técnico. Até o momento, comandou quatro clubes: São Paulo, Fortaleza, Cruzeiro e Flamengo.
Sua primeira empreitada foi justamente no time em que é ídolo eterno, o São Paulo. No Tricolor Paulista, Ceni acumulou duas passagens, uma em 2017 e a outra recentemente, de 2021 a 2023. Ao todo, dirigiu o clube do Morumbi em 120 jogos, obteve 53 vitórias, 33 empates e 34 derrotas, totalizando um aproveitamento de 53%.

Após a primeira demissão no São Paulo, Rogério Ceni partiu para um novo desafio em sua carreira de técnico: comandar o Fortaleza em 2018, ano do centenário do clube. Juntando as duas passagens pelo Leão do Pici, já que o ex-goleiro retornou em 2019, obteve 58% de aproveitamento, com 56 triunfos, 23 empates, 31 revezes e quatro títulos conquistados.
No Cruzeiro, Rogério teve passagem relâmpago. Por conta de problemas com lideranças do elenco, Ceni só dirigiu a Raposa em sete partidas e teve aproveitamento bem abaixo da média. Já no Flamengo, apesar dos altos e baixos, o ex-goleiro conquistou seu principal título como técnico: o Campeonato Brasileiro de 2020. Além disso, faturou o Cariocão e a Supercopa do Brasil. Mesmo com os troféus, não deixou muita saudade no torcedor rubro-negro.
Paulo Pezzolano
Ex-meio-campista, Paulo Pezzolano tem 40 anos de idade e comanda seu 5º clube na carreira. Antes do Valladolid, equipe que assumiu em abril de 2023, o uruguaio dirigiu Torque (Uruguai), Liverpool (Uruguai), Pachuca (México) e Cruzeiro.
A Raposa foi o time em que Pezzolano desempenhou seu melhor trabalho até então. Campeão da Série B em 2022, o uruguaio conquistou a torcida cruzeirense, recuperou a moral e a autoestima do clube e guiou o Cabuloso de volta à elite do futebol brasileiro em meio a compra da instituição pela SAF de Ronaldo Fenômeno.
No Cruzeiro, Paulo Pezzolano obteve 62% de aproveitamento, percentual abaixo somente do que o uruguaio conseguiu no Torque (67%), primeira equipe que dirigiu na carreira. Já no Liverpool e no Pachuca, o ex-jogador realizou trabalhos medianos, com números pouco empolgantes.
O pior desempenho de Pezzolano na carreira tem sido no Real Valladolid, clube de Ronaldo Fenômeno. Contratado no início deste ano logo após pedir demissão do Cruzeiro, o uruguaio tem apenas 36% de aproveitamento dos pontos à frente da equipe e não conseguiu evitar o rebaixamento do clube à 2ª divisão espanhola na última temporada.

Pezzolano é o preferido do Vasco, porém negociação é difícil
Paulo Pezzolano é o plano A da diretoria do Vasco. A oferta proposta pelo Cruzmaltino agradou o treinador uruguaio, em especial financeiramente. O contrato do técnico com o Valladolid, válido até junho de 2024, previa uma redução no salário em caso de rebaixamento, o que ocorreu na temporada passada. No entanto, o clube espanhol não abre mão do pagamento da multa rescisória para liberá-lo neste momento, e por isso o ex-Cruzeiro fica mais distante do time carioca.
Em meio à dificuldade nas tratativas do Vasco com Pezzolano, o nome de Rogério Ceni passou a ganhar força no clube. Contudo, até então, não houve contato do Cruzmaltino com o ex-técnico do São Paulo. Vale destacar que o caso do ex-goleiro é mais simples, visto que está desempregado desde abril.