Na tarde desta quarta-feira (31), a Seleção Brasileira goleou a Tunísia por 4 x 1, no Estádio Ciudad de La Plata, na Argentina, e garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Mundo sub-20. Apesar da alegria com a vitória, Robert Renan, zagueiro da Canarinho, foi vítima de racismo por parte de alguns perfis nas redes sociais. Após a partida, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) enviou uma representação à FIFA em protesto ao lamentável ocorrido.
Expulso na reta final do 1º tempo, Robert Renan deixou o gramado sob vaias e gritos provocativos de torcedores argentinos, maioria presente no Ciudad de La Plata. Sem titubear, o defensor, revelado pelo Corinthians, apontou para a camisa do Brasil e fez um gesto com o número cinco na mão, em referência ao pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira principal. Após o apito final, o atleta expôs em suas redes sociais mensagens recebidas com ataques racistas.
“Negro”, “cabeça de macaco”, “macaco” e “vou te matar” foram algumas das ofensas e ameaças em espanhol direcionadas a Robert. Conforme informou a CBF, os perfis já estão protocolados pela entidade e serão enviados à justiça local e à FIFA com a solicitação de punição imediata.
CBF envia protesto e pede providências à FIFA em caso de racismo contra Robert Renan
Com racismo não tem jogo!https://t.co/HJBYNSc0jx
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) May 31, 2023
Confira a nota da CBF
“A CBF enviou uma representação na Fifa em protesto aos atos racistas sofridos pelo zagueiro zagueiro Robert Renan, da Seleção Brasileira Sub-20. A CBF condena veementemente qualquer tipo de ação discriminatória no futebol e não tolerará mais esses casos no esporte.
O mais recente crime de racismo aconteceu nesta quarta-feira (31), na vitória brasileira por 4 a 1 sobre a Tunísia na Copa do Mundo Sub-20. Ao deixar o gramado no estádio Ciudad de La Plata, Robert Renan foi provocado pela torcida local e respondeu esportivamente.
Porém, nas redes sociais, o jogador brasileiro foi vítima de vários casos de racismo. Os perfis já estão protocolados pela CBF e serão enviados à justiça local e FIFA com o pedido de punição.”