Ramón Díaz e sua idolatria no River Plate

O ex-jogador e técnico Ramón Díaz é um dos grandes nomes da história do River Plate. Assim, foi campeão como atleta e iniciou a reconstrução da equipe depois da queda para segunda divisão, conquistou o primeiro título nacional após a volta do clube da segunda divisão. Além disso, Díaz iniciou sua carreira na La Banda e também na nova função a beira do campo. A coluna Catimbando trás essa história de Ramón que conquistou títulos e é idolatrado pelos Millionarios.

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COMEÇO DE RAMON DÍAZ

El Pelado começou a carreira como jogador no River Plate, no ano de 1978 e ficou até 1981. Seguindo, ainda teve outra passagem mais experiente de 1991 até 1993. Sendo assim, foi campeão argentino quatro vezes logo no início da carreira. No entanto, na volta ao clube acabou não conseguindo nenhum título.

Ramón Díaz e sua idolatria no River Plate
                Foto: Reprodução/ Conmebol

AGORA COMO TREINADOR

O clube vinha de bons trabalhos com técnicos de primeira viagem como Gallego e Passarella. Assim, resolveu apostar em Ramón para continuar com esse histórico e isso aconteceu em 1995. Contudo, ele iniciou nas quartas de final da Libertadores, eliminou o Vélez, mas caiu nas semifinais. Além disso, as criticas foram fortes depois de um 7º lugar no Apertura de 1995. Logo após, no ano seguinte dispensou Walter Silvani e o mexicano Alberto García Aspe. E trouxe outros novos, que se destacariam: Roberto Bonano, ex-Rosario Central, e Juan Pablo Sorín, emprestado pela Juventus.

LIBERTADORES 1996

Na fase de grupos o clube enfrentou San Lorenzo, Minervén e Caracas. Assim, teve a melhor campanha da fase de grupos do torneio com 14 pontos e terminou em 1º no Grupo 5. Seguindo, nas oitavas de final enfrentou o Sporting Cristal perdeu no Peru por 2 x 1 e venceu por 5 x 2 em casa. Logo após, pegou o Club de Papa e saiu na frente por 2 x 1 e empatou na Argentina em 1 x 1. Posteriormente, o adversário foi o Universidad de Chile e terminou em igualdade de 2 x 2, em Santiago.

Contudo, na volta triunfou por 1 x 0 e chegou a final para enfrentar o América de Cali. Desse modo, no primeiro confronto a vitória foi do time colombiano por 1 x 0. A volta, foi vencida com dois gols de Hernán Crespo, teve o maior público para um clube argentino, só sendo superado pela final da Copa de 1978. Além disso, o clube disputou o Mundial Interclubes e perdeu para a Juventus de Zidane e Del Piero.

https://twitter.com/LibertadoresBR/status/1143888595239034880?s=20

Time Base: Germán Burgos; Hernán Díaz, Celso Ayala, Guillermo Rivarola (Berizzo) e Altamirano (Sorín); Escudero, Almeyda (Astrada), Cedrés (Gallardo) e Ortega (Sergio Berti); Crespo (Marcelo Salas) e Francescoli. Técnico: Ramón Díaz.

RAMÓN DÍAZ E O TRICAMPEÃO ARGENTINO

A década de 1990 foi marcada por uma última geração de craques vindos da base do time de Buenos Aires. Desse modo comandados pelo uruguaio Enzo Francescoli. Assim, a equipe partiu com moral e entusiasmo para o título do Clausura de 1996. Todavia, Crespo e Matías Almeyda não estavam mais no clube, mas não foi empecilho para a conquista com uma rodada antes do fim do torneio. O River fez 46 pontos, venceu 15 de 19 jogos, somente três derrotas, melhor ataque (52) e melhor defesa (22).

No ano de 1997, o clube conquistou mais dois troféus e tornou tricampeão. Assim, faturou o Clausura com 41 pontos, 12 triunfos, cinco empate e duas derrotas. Logo após, no Apertura, teve a disputa com o rival Boca Juniors. Desse modo, fez uma campanha com 45 pontos, um a mais que os Xeneizes. Os Millionarios venceram 14 partidas, empatou três e perdeu dois jogos, um deles para o Boca. No entanto, mesmo não derrotando os rivais ficaram com o título e a hegemonia do país.

SUPERCOPA DA LIBERTADORES 1997

A Libertadores de 1997 foi uma decepção para o clube, sendo eliminado nas oitavas pelo Racing. No entanto, o time comemorou um título continental, a Supercopa da Libertadores, que reunia os ex-campeões do continente. Assim, no grupo tinha Racing, Santos e Vasco. Desse modo, trinfou sobre por 3 x 2 sobre o time argentino nos dois jogos, contra o Peixe foi 2 x 0 e acabou derrotado por 2 x 1 na volta. Por fim, o Gigante da Colina foi goleado por 5 x 1 e e River também ganhou a volta por 2 x 0.

Na semifinal enfrentou o Atlético Nacional e venceu o primeiro jogo por 2 x 0, com dois gols de Salas. E perdeu de 2 x 1 na volta. Seguido , na decisão o duelo era aconteceu com o São Paulo. Assim, o primeiro confronto foi no Morumbi e terminou em 0 x 0. Contudo, na volta o placar foi 2 x 1 para o River e teve dois tentos marcados pelo artilheiro Salas.

Ramón Díaz e sua idolatria no River Plate
Time da Supercopa Libertadores 1997/ Foto: Imortais do Futebol

MELHOR CLUBE DO MUNDO, APERTURA 1999 E ADEUS

Em janeiro de 1998, a IFFHS, a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, considerou aquele River o melhor clube do mundo. O clube conseguiu chegar as semifinais da Libertadores de 1998, sendo eliminado pelo Vasco, sem Salas e com a aposentadoria de Enzo Francescoli. Em 1999 caiu nas quartas para o Palmeiras.

O treinador saiu do Campeón del Siglo em 2000. Ademais, se desentendeu com alguns ídolos: Hernán Díaz, Sergio Berti e Leonardo Astrada foram alguns exilados pelo treinador. No entanto, ainda conseguiu conquistar um título antes disso: o Apertura de 1999 com os “mosqueteiros” Javier Saviola, Pablo Aimar e Juan Pablo Ángel impedindo um ainda inédito tri nacional seguido do Boca.

CLAUSURA 2002

Ele voltou em 2001 e fez despontar um craque: Andrés D’Alessandro, mas o River, que havia se desfeito de Saviola, Bonano e do aposentado Hernán Díaz, amargou um tri vice seguido. Contudo no semestre seguinte e como artilheiro Cavenaghi, o clube chegou ao 30º título argentino. Desse modo, com um time ofensivo e com um futebol envolvente, com três rodadas antes do fim sagrou-se campeão.

https://twitter.com/RiverPlate/status/1262765534237491202?s=20

A VOLTA TRIUNFAL

Ramón Díaz retornou ao clube em 2012, depois da volta para primeira divisão. Assim, ele conquistou o primeiro título argentino após a volta e começou a reconstrução do River Plate. Sendo assim, faturou o campeonato argentino de 2014 (Torneio Final) e deixou um jovem técnico no seu lugar que foi seu jogador: Marcelo Gallardo. Por fim, hoje ele não é mais o técnico com mais troféus pelo clube, foi superado na Era Gallardo.

LANCES DA FINAL DA LIBERTADORES DE 1996

Foto Destaque: Reprodução/Site/ Ramón Díaz

Nicollas Almeida

Nicollas Almeida

Escolhi o jornalismo porque queria contar histórias, participará dela também. Já estagiei na assessoria de imprensa de um órgão do governo do Rio de Janeiro. Fiz trabalhos voluntários no meio religioso e político, participei de um programa de debate na rádio na faculdade.