Mesmo na fase vermelha, Sorocaba recebeu clubes femininos do Brasileirão Sub-18

Que a Covid-19 tira a paz de todos desde março de 2020 não é novidade para ninguém. Porém, por mais “saco cheio” que a pandemia possa parecer, não se pode relaxar. Por causa das festas de fim de ano, que mesmo pequenas e restritas somente às famílias, causam aglomerações, os índices de contaminação subiram bastante. As grandes cidades sofreram muito com isso, como exemplo de São Paulo. As pequenas cidades do interior possuem ainda mais dificuldade, pois, mesmo com uma população menor, não possuem infraestrutura para atender os doentes.

Ninguém vai sofrer sozinho, todo mundo vai sofrer

Desde que o futebol foi suspenso pela pandemia, o brasileiro sofre muito. Para muitos, esse esporte é a diversão mais esperada da semana. Além disso, o futebol feminino não possui tanta visibilidade. Além disso, parece que, quando começa a caminhar, lá se vem outra pedra no sapato. O Campeonato Brasileiro Sub-18 Feminino começou em no dia 26 de janeiro, em Sorocaba, São Paulo. A pequena cidade recebeu 24 clubes para os jogos, que ficaram acomodados no CT do Atlético Sorocaba e em outro seis hotéis.

Dessa forma, no campeonato, contam com 24 clubes: Internacional, São Paulo, Santos, Iranduba (AM), Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Vitória, Ferroviária (SP), Corinthians, Kindermann-Avaí (SC), Palmeiras, Grêmio, Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Sport, Ceará, Goiás, Fortaleza, Coritiba, Minas Brasília, Foz Cataratas (PR), São Francisco do Conde (BA).

Entretanto, logo no começo já veio uma bomba. A cidade, que estava na fase laranja da flexibilização, voltou para a vermelha. Isso significa que, de acordo com o Plano SP, os índices de contaminação precisam do grau mais alto de atenção das pessoas. Assim, só os serviços essenciais podem funcionar. As recomendações de “use máscara, leve sempre álcool em gel ou spray, caso necessário sair de casa, e evite aglomerações” são mais importantes que tudo.

E agora, José?

Logo, não é novidade para ninguém que se uma pessoa respira com máscara acompanhada de outra, o risco de contaminação é baixo/moderado. Sendo assim, a conta é muito simples. Se uma sem máscara incomoda muita gente, 11 atletas em campo sem ela incomoda muito mais.

“Mas os atletas do banco, comissão técnica e arbitragem estão de máscara”. Os clubes têm capacidade para testar todos os colaboradores semanalmente e têm uma assistência médica ótima. Mesmo assim, muitos jogadores testam positivo para a doença. O torneio do Sub-18 foi planejado no momento em que a cidade de Sorocaba estava em uma fase que permitia competições esportivas e com respeito aos protocolos de saúde. O campeonato acontece normalmente, apesar dos pesares.

CBF vs Ministério Público do Trabalho

Nenhuma das instituições quer colocar em perigo os atletas, trabalhadores que auxiliam os times ou a população. No entanto, manter a competição dificulta um pouco.

Por isso, o procurador do Ministério Público do Trabalho de Sorocaba, Juliano Alexandre Ferreira, visitou o CT de treinamento e pediu audiência com a CBF. Assim, a decisão foi de manter o torneio. Mas a fiscalização rígida deve garantir o máximo de segurança possível. Em nota, ele fala:

“Adotem as medidas que entenderem cabíveis, tendo em vista a realização, no Município de Sorocaba, do Campeonato Brasileiro Feminino Sub-18, no período de 26.01.2021 a 06.02.2021, com a participação de 24 equipes, composta por 23 integrantes cada uma, sendo que os jogos serão realizados no CT do Atlético Sorocaba, onde também ficarão alojadas cinco delegações e as demais em seis hotéis da cidade.”

Antes disso, em novembro de 2020, o Campeonato Brasileiro Sub-16 Feminino foi em meio à pandemia. Quatro atletas testaram positivo. Por fim, o campeonato termina no dia 6, diferente da pandemia, que até hoje não deu sinal de data para terminar.

Foto destaque: Reprodução/Globo Esporte/Minas

Cler Santos

Cler Santos

Eu escolhi jornalismo pois além de muito faladeira, semrpe fui uma leitora voraz. Um belo dia vendo Globo Repórter, eu disse a minha mãe que queria viajar muito como a Glória Maria, e ela me disse " então tem que ser jornalista ". É meu objetivo desde então.
Já tive experiência de escrever no jornal da escola, estive sempre entre os primeiros lugares nos campeonatos de texto.
Em jornalismo mesmo, participei como redatora voluntária para o site " dicas de jornalismo " por cerca de 1 mês na editoria de cultura, em que escrevi sobre mulheres negras, público LGBTQIA+ e veganismo negro.
Além disso, já entrevistei e escrevi sobre o radialista de esportes Emerson Pancieri, E a jornalista do MGTV, Cláudia Mourão.
Produzi 2 podcasts em grupo, um sobre um time de rugby paraolímpico, e outro sobre semiótica, jornalismo e o caso de Mariana Ferrer.
Por fim, participei de uma propaganda sobre a importância do jornalismo para a comunidade com a âncora do MGTV Aline Aguiar.