A Seleção Brasileira vive a expectativa de estrear na Copa do Mundo Feminina 2023. A partida inaugural para o Brasil está marcada para 24 de julho, contra o Panamá, em jogo do grupo F, o mesmo de França e Jamaica, rivais nos dias 29 de julho e 2 de agosto, respectivamente.
Disputada na Austrália e Nova Zelândia, a competição é um tremendo desafio para o Brasil, que sabe ter outras potências na sua frente em busca do título.
Para falar do torneio, o Futebol na Veia conversou de forma exclusiva com a ex-jogadora Daniela Alves, atleta com participação em três Copas do Mundo e três Olimpíadas (conquistou duas medalhas de prata).
ArquivoFF #3: Daniela Alves de Lima, a Dani Alves, é uma das maiores meio campistas da história da Seleção Brasileira. Começou sua carreira aos 13 anos, na Portuguesa de Desportos. Em sua trajetória vitoriosa, teve passagens por Saad, São Paulo e atuou na Suécia e Estados Unidos. pic.twitter.com/rLoqH69g5x
— Diário FFeminino (@DiarioFFeminino) January 26, 2020
Daniela Alves crê em boa participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina, apesar de início de Pia “conturbado”
Na avaliação da ex-jogadora e hoje técnica do Uberlândia Esporte Clube, o trabalho da técnica sueca Pia Sundhage, que iniciou em julho de 2019, foi conturbado pela troca na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), caso de Rogério Cabloco, ex-presidente acusado de assédio moral e sexual.
“O trabalho da Pia foi muito conturbado, com troca de presidência, e isso acaba atrapalhando o trabalho, tendo que recomeçar. Mas essa reta final ela conseguiu aproveitar bem o tempo que tinha. As atletas se prepararam melhor para Copa do Mundo, muitas saíram do país, são protagonizam, seja aqui no Brasil ou fora. Isso ajuda muito no trabalho dela e da Seleção“, analisou Daniela.
Em relação a um possível título brasileiro, Daniela Alves não crê que o Brasil leve a taça, mas vê a Seleção brigando e espera boa participação.
“É difícil frisar (se o Brasil será campeão) porque o jogo é jogado. Mas creio que o Brasil vá fazer uma bela participação justamente pelas atletas estarem melhor preparadas, tendo jogado um campeonato nacional forte (Brasileirão Feminino), que evoluiu bastante as equipes, e também suas protagonistas se destacaram e foram campeãs fora do país. Isso vai ajudar muito no coletivo da Seleção então creio que deva ir longe na competição”, disse a ex-jogadora.
Questionada se as comandadas de Pia estão no mesmo patamar das favoritas Estados Unidos, Espanha e Inglaterra, Alves destacou a experiência das adversárias, acostumadas com Copa do Mundo.
“Não dá para colocar (o Brasil) junto com as favoritas porque elas já tem jogadoras mais experientes, o Brasil fez bastante renovação, isso leva tempo. Mas creio que a Seleção vá ganhar corpo, entrosamento, durante a competição e isso vai facilitar muito para que elas cheguem o mais longe possível”, finalizou.