[EXCLUSIVO] Ex-jogadora do Brasil analisa trabalho de Pia na Seleção Brasileira Feminina: “conturbado”

A Seleção Brasileira vive a expectativa de estrear na Copa do Mundo Feminina 2023. A partida inaugural para o Brasil está marcada para 24 de julho, contra o Panamá, em jogo do grupo F, o mesmo de França e Jamaica, rivais nos dias 29 de julho e 2 de agosto, respectivamente.

Disputada na Austrália e Nova Zelândia, a competição é um tremendo desafio para o Brasil, que sabe ter outras potências na sua frente em busca do título.

Para falar do torneio, o Futebol na Veia conversou de forma exclusiva com a ex-jogadora Daniela Alves, atleta com participação em três Copas do Mundo e três Olimpíadas (conquistou duas medalhas de prata).

Daniela Alves crê em boa participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo feminina, apesar de início de Pia “conturbado”

Na avaliação da ex-jogadora e hoje técnica do Uberlândia Esporte Clube, o trabalho da técnica sueca Pia Sundhage, que iniciou em julho de 2019, foi conturbado pela troca na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), caso de Rogério Cabloco, ex-presidente acusado de assédio moral e sexual.

“O trabalho da Pia foi muito conturbado, com troca de presidência, e isso acaba atrapalhando o trabalho, tendo que recomeçar. Mas essa reta final ela conseguiu aproveitar bem o tempo que tinha. As atletas se prepararam melhor para Copa do Mundo, muitas saíram do país, são protagonizam, seja aqui no Brasil ou fora. Isso ajuda muito no trabalho dela e da Seleção“, analisou Daniela.

Em relação a um possível título brasileiro, Daniela Alves não crê que o Brasil leve a taça, mas vê a Seleção brigando e espera boa participação.

“É difícil frisar (se o Brasil será campeão) porque o jogo é jogado. Mas creio que o Brasil vá fazer uma bela participação justamente pelas atletas estarem melhor preparadas, tendo jogado um campeonato nacional forte (Brasileirão Feminino), que evoluiu bastante as equipes, e também suas protagonistas se destacaram e foram campeãs fora do país. Isso vai ajudar muito no coletivo da Seleção então creio que deva ir longe na competição”, disse a ex-jogadora.

Questionada se as comandadas de Pia estão no mesmo patamar das favoritas Estados Unidos, Espanha e Inglaterra, Alves destacou a experiência das adversárias, acostumadas com Copa do Mundo.

“Não dá para colocar (o Brasil) junto com as favoritas porque elas já tem jogadoras mais experientes, o Brasil fez bastante renovação, isso leva tempo. Mas creio que a Seleção vá ganhar corpo, entrosamento, durante a competição e isso vai facilitar muito para que elas cheguem o mais longe possível”, finalizou.

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Na comunicação, escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.