A derrota do Brasil para Camarões por 1 x 0 no último jogo da fase de grupos da Copa do Mundo do Catar 2022 na sexta-feira (2), no estádio Lusail, não passou batida pela imprensa internacional. O tropeço do chamado time alternativo do técnico Tite foi alvo de críticas dos jornalistas espanhóis, que interpretaram o resultado como uma consequência do salto alto dos brasileiros.
O famoso jornal esportivo AS mostrou em sua manchete que o Brasil pensou demais na Coreia do Sul e acabou esquecendo de jogar com a seleção africana. Para eles, isso seria um indício de soberba da equipe, que teria subestimado os Leões em campo, pois estes vinham de uma má campanha nos dois primeiros jogos.
Para os espanhóis, Tite colocou para jogar um elenco que provavelmente não usaria para as próximas fases ou na final. Além disso, desdenharam da capacidade dos substitutos para uma apresentação à altura dos titulares, como as atuações de Rodrygo e Martinelli, pois estes não demonstraram objetividade nas finalizações.
A cornetagem foi geral
O jornal L´Équipe, por exemplo, colocou em sua página o título O Brasil ronrona em sua manchete. Já o britânico The Guardian preferiu ressaltar a determinação do time camaronês, que acreditou até o fim, e o jogador Aboubakar como o fator surpresa.
Os argentinos do Olé destacaram a vitória da seleção de Camarões sobre o esquadrão pentacampeão mundial. Os italianos do Gazzetta dello Sport apelaram para o humor com a manchete Aboubakar castiga o Brasil B.
O alemão Die Welt deu Camarões fora apesar da vitória histórica sobre o Brasil. Essa foi a primeira vez que uma seleção africana ganhou dos brasileiros em copas do mundo. O próprio Tite reconheceu a façanha do time do técnico Rigobert Song. “Sou o primeiro técnico a perder com o Brasil em Copas do Mundo para uma seleção africana. Isso se tornou parte da minha história”.
Foto Destaque: Divulgação/FIFA
