Botafogo se manifesta sobre citação de jogadores em manipulação de resultados

O jornal O Globo veiculou uma matéria nesta quarta-feira (10) onde mostram prints da quadrilha envolvida na manipulação de resultado em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. Nas mensagens, Bruno Lopez, um dos 16 réus do Ministério Público de Goiás na Operação Penalidade Máxima, afirmou que estava com um grupo no Whatsapp com oito atletas do Botafogo.

Eu to com um grupo aqui ja no zap com oito atletas do Botafogo. Os mlk ta loco ja pra semana que vem“, mostram os prints das mensagens.

Com essa informação, o Botafogo se posicionou nas redes sociais e pediu responsabilidade por parte da imprensa e influenciadores, pelo poder de formar opinião das pessoas.

O clube se defende dizendo que o processo não citam nomes de atletas e que não se sabe se é definitivamente o time do Rio de Janeiro ou um homônimo de outro estado.

É preciso ter muita responsabilidade com qualquer notícia envolvendo as investigações do MPGO. Pedimos isso a todos os jornalistas e formadores de opinião. No material apresentado como base para o processo não citam nomes de atletas, não se sabe se é o Botafogo ou homônimo de outro estado e não podemos aceitar que julguem os nossos jogadores a partir de uma pessoa que está longe de ser qualquer exemplo de credibilidade para alguém. É preciso agir com serenidade, aguardar as investigações, apoiá-la e tomar providências caso necessário.

O Botafogo tem como pilar básico a ética profissional e não abre mão disso como propósito. E pede a todos os envolvidos com o futebol brasileiro que ajam da mesma forma.

Cabe frisar que o Clube repudia toda e qualquer prática de manipulação de apostas esportivas, bem como apoia e se coloca à disposição para auxiliar nas investigações promovidas pelo Ministério Público de Goiás com o objetivo de combater esta prática, que fere os princípios éticos e profissionais do desporto“.

Sobre a Operação Penalidade Máxima II

A investigação do MPGO sobre manipulação de resultados ganhou outro capítulo com uma nova denúncia para Justiça de Goiás. As suspeitas apontam para oito jogos do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B do ano passado e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023 e recaem sobre sete atletas.

  • Eduardo Bauermann (Santos), pelos jogos contra Avaí e Botafogo no Brasileirão 2022;
  • Paulo Miranda e Gabriel Tota (ambos à época no Juventude), pelos jogos contra Fortaleza e Goiás no Brasileirão 2022;
  • Matheus Gomes e Fernando Neto (ambos à época no Operário-PR), pelo jogo contra o Sport na Série B 2022;
  • Igor Cárius (à época no Cuiabá), pelos jogos contra Ceará e Palmeiras no Brasileirão 2022;
  • Victor Ramos (à época na Portuguesa), pelo jogo contra o Guarani no Paulistão 2023.

Apesar de receberam valores dos apostadores e cometerem as infrações, o lateral-esquerdo Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (ex-Juventude), o zagueiro Kevin Lomónaco (Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues, conhecido como Jarro (Inter de Santa Maria), auxiliaram o MP nas investigações.

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Na comunicação, escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.