Nesta quarta-feira (4), um dia antes da partida de volta da semifinal da Copa Libertadores entre Palmeiras e Boca Juniors, o clube argentino publicou uma “cartilha” de recomendações aos torcedores que viajarão ao Brasil para assistir ao jogo. Dentre as orientações à torcida xeneize, há um trecho dedicado apenas aos atos racistas, recorrente dentre torcedores argentinos.
O clube de Buenos Aires recomendou seus torcedores a não cometer crimes racistas, xenófobos ou discriminatórios para evitar possíveis prisões ou multas ao próprio Boca.
– Não realizar, responder a provocações ou utilizar atos que possam implicar ato racista, xenófobo ou discriminatório, a fim de evitar possíveis penas de prisão imediatas, bem como causar sanções ou graves danos econômico à nossa instituição – escreveu o Boca Juniors, em suas redes sociais.
⚠ Recomendaciones de seguridad para los y las hinchas que viajen a San Pablo 🇧🇷 a alentar a Boca. pic.twitter.com/ehD5ee0lzK
— Boca Juniors (@BocaJrsOficial) October 4, 2023
Nos comentários da publicação, alguns torcedores do Boca Juniors ironizaram a recomendação e voltaram a cometer atos racistas contra os brasileiros, chamando-os de “macacos”.
Vale destacar que na partida de ida um torcedor argentino foi flagrado mostrando a palavra “macaco” para a torcida do Palmeiras.
Quatro torcedores do Boca Juniors foram presos no Brasil em 2022
Em duas oportunidades no ano passado, o Boca Juniors visitou o Brasil para enfrentar o Corinthians na Neo Química Arena. Primeiro, em abril, pela fase de grupos, um argentino foi flagrado em video imitando macacos para a torcida brasileira e foi detido pela polícia militar, sendo solto dias depois ao pagar R$ 3 mil de fiança.
Nas oitavas de final, em junho, mais três fizeram o mesmo gesto e terminaram presos. Dessa vez, cada um pagou R$ 20 mil por sua liberdade.