Vasco: Mais um jogo longe de São Januário irrita torcida, que alega falta de isonomia

Vasco anunciou que atuará no Nilton Santos no clássico contra o Fluminense

O estádio São Januário, do Vasco, segue interditado por decisão judicial, que alega falta de segurança no local. Com isso, o clube carioca precisará mandar o clássico contra o Fluminense no estádio Nilton Santos, no próximo dia 16 de setembro, às 16h (horário de Brasília), pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. A torcida do Cruzmaltino não reagiu bem a outra partida sem poder estar em sua casa e citou que a medida fere a isonomia (direito de igualdade) do Brasileirão.

A falta de isonomia citada pelos torcedores é pelo impedimento de atuar em casa, considerado elitista por ser justificado pelos órgãos públicos por conta do entorno de São Januário contar com comunidades. Parte dos vascaínos também pedem o adiamento da partida, visto que não podem atuar em casa e também no Maracanã, parado para reformas em seu gramados por conta da final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo.

Veja alguns dos recados dos cruzmaltinos sobre o “Clássico dos Gigantes” ser disputado no Nilton Santos, com também críticas a diretoria exigindo que sejam mais duros com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pela interdição de seu estádio.

Por que São Januário está interditado?

Tudo começou na derrota do Vasco para o Goiás, em 22 de junho. Revoltado, os torcedores atiraram fogos de artifício e sinalizadores em direção ao gramado, além de tentar invadir o gramado, necessitando de força policial. O clube carioca foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com quatro partidas sem público no estádio.

A punição foi cumprida após a vitória contra o Grêmio e, na esfera esportiva, o estádio deveria estar liberado em 20 de agosto, coisa que não aconteceu. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou que a casa do Cruzmaltino permanecesse interditada por tempo indeterminativo. Na última quarta-feira (30), a justiça carioca manteve a interdição, e o clube afirmou que vai recorrer no Superior Tribunal Justiça.

“Nós vamos continuar lutando. O Vasco, a torcida do Vasco e a Barreira do Vasco não podem mais ser prejudicados. Vamos adotar todas medidas possíveis para que o Vasco tenha seus direitos. Não só em relação ao Maracanã, mas como na liberação completa de São Januário”, disparou a diretora jurídica do clube, Gisele Cabrera.

A Barreira é a comunidade no entorno do estádio, citada como um dos motivos para manter São Januário interditado. Um trecho do relatório do juiz de plantão na partida contra o Goiás, Marcello Rubioli, foi revelado no início de agosto e causou revolta dos torcedores.

“Para contextualizar a total falta de condições de operação do local, partindo da área externa à interna, vêse (sic) que todo o complexo é cercado pela comunidade da barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio”, afirmou Rubioli.

Próximas partidas do Vasco

  • Vasco x Fluminense – Campeonato Brasileiro – Nilton Santos – sábado (16/09), às 16h (horário de Brasília);
  • Vasco x Coritiba – Campeonato Brasileiro – Local a definir – terça-feira (19/9), às 19h (horário de Brasília);
  • América-MG x Vasco – Campeonato Brasileiro – Arena Independência – sábado (23/09), às 18h30 (horário de Brasília);
Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Na comunicação, escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.