O caso envolvendo a morte do senhor Pedro Lúcio dos Santos, de 47 anos, e pai de Pedro Ariel, de apenas 15 anos, e goleiro das categorias de base do CRB ganhou mais um capítulo nesta terça-feira, com a prisão dos três suspeitos envolvidos no crime. As pessoas, que não tiveram seu nome revelados para não interferir nas investigações da polícia, têm entre 23 e 27 anos, e são torcedores do Galo de Maceió, mesmo clube que o filho do assassinado defende. As prisões aconteceram nos bairros Prado, Trapiche da Barra e Benedito Mendes, na capital alagoana. O mesmo grupo de criminosos é investigado de participar outras ações violentas em dias de jogos.
Para a delegada Rosimeire Vieira, esta é a primeira parte de uma operação cujo objetivo é coibir a violência nos dias em que acontecem partidas de futebol, seja do CSA, ou do CRB, que são os maiores clubes do estado. O Galo está na Série B do Campeonato Brasileiro, enquanto o Azulino, que foi rebaixado na temporada passada, está na Série C.
“A polícia trabalha com essa possibilidade de prender mais suspeitos, pois há diversas pessoas envolvidas, entre adultos e adolescentes. Vai ter um segundo momento dessa ação policial”, afirmou a delegada.
Os suspeitos de matarem o pai de Pedro Ariel foram conduzidos ao DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, de Maceió, e segundo o Ministério Público de Alagoas, assim que as investigações forem concluídas, a Promotoria de Justiça do Torcedor vai apresentar denúncia à Justiça do estado.
— Lucas de Souza (@_lucasdsouza) May 16, 2023
Entenda o caso envolvendo torcedores do CRB
Pedro Lúcio dos Santos, 47, era torcedor do CSA e foi espancado por membros de uma torcida organizada rival no dia 4 de maio. Ele morreu quatro dias depois por traumatismo craniano. Ele deixou quatro filhos e três netos. O homem tinha acabado de acompanhar a uma partida do Azulino contra o Confiança, pelo Campeonato Brasileiro da Série C, e estava em um churrasquinho próximo ao estádio, quando foi abordado por quatro elementos, que vestiam a camisa de uma torcida organizada do CRB, que não foi identificada, e agrediram o homem com barras de ferro. Pedro chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer no dia sete de maio, em decorrência de um traumatismo craniano.
Peu, como carinhosamente era conhecido o pai de Pedro Ariel, não tinha nenhum envolvimento com a torcida organizada do CSA, clube pelo qual torcia, e que é o maior rival do CRB, mesmo com o filho jogando pelo Galo Alagoano, o homem que tinha 47 anos, e foi brutalmente assassinado, era um dos maiores apoiadores do jovem goleiro, que vinha se destacando nas categorias de base do time Alvirrubro, tendo conquistado a Copa do Nordeste sub-17 como titular do time. Por conta o acontecido, o arqueiro teve alguns dias de dispensa para poder passar este momento de perda com a família, e voltou a treinar no início desta semana.
