Seleção Brasileira: com eliminação, brasileiros ‘elegem’ substituto de Pia Sundhage

Sueca é considerada principal culpada da queda do Brasil e já tem substituto definido por torcedores

A Seleção Brasileira ficou no zero com a Jamaica na manhã desta quarta-feira (2) e foi eliminada na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina 2023. Com o resultado, a técnica sueca Pia Sundhage foi ‘eleita' a culpada pela eliminação precoce por torcedores nas redes sociais. Os fãs já até elegeram o substituto da treinadora: Arthur Elias, campeão de tudo com o Corinthians na modalidade.

Criticada pelas substituições, padrão tático e escolha de titulares, Pia parece com os dias contados no comando do Brasil, pelo menos para boa parte da torcida brasileira. O jogo contra a Jamaica nem havia finalizado, mas muitos torcedores já clamavam pela contratação de Arthur para o comando da Seleção. Veja algumas reações.

Corintianos não concordam com Arthur na Seleção

Em contrapartida, os torcedores do Alvinegro de Itaquera defendem seu técnico. Há sete anos no cargo, Arthur consolidou o Corinthians como o principal projeto do futebol brasileiro feminino. Corintianos assumem ser difícil manter o técnico com uma possível proposta da Seleção Brasileira, mas seguem esperançosos.

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Arthur Elias tem números absurdos no Corinthians

Arthur assumiu o projeto de reativação do futebol feminino no Corinthians em 2016, ainda em parceria com o Audax. Desde lá, soma 14 taças conquistadas. No total, treinou a equipe em 314 jogos e soma 247 vitórias, 42 empates e apenas 25 derrotas, incríveis 83% de aproveitamento, com média de 3.05 gols marcados e 0.61 sofrido.

No Alvinegro, conquistou tudo que poderia mais de uma vez. Até hoje foram quatro Campeonatos Brasileiros, três Libertadores, três Campeonatos Paulistas, duas Supercopas do Brasil, uma Copa do Brasil e uma Copa Paulista.

Antes do clube de Itaquera, treinou o Centro Olímpico, também da capital paulista, onde conquistou seu primeiro Campeonato Brasileiro ao superar o São José.

Arthur faz parte do futebol feminino desde 2006, quando tinha apenas 24 anos e escolheu a modalidade por vontade própria. Como todo brasileiro, nasceu com o sonho de ser jogador, mas enxergou na carreira à beira do campo uma oportunidade mais efetiva. De origem acadêmica, treinou times de universidades de futsal e futebol de campo.

Passagem de Pia Sundhage na Seleção Brasileira

A sueca assumiu em 2019, após a Copa do Mundo daquele ano, para comandar o ciclo do Mundial de 2023. Em quatro anos, foram 57 partidas – incluindo as três dessa Copa -, com 34 vitórias, 13 empates e 10 derrotas. No período, convocou 94 atletas, esteve em sete competições internacionais e conquistou a Copa América e o Torneio Internacional de Manaus. O contrato de Pia vai até o fim de 2024 e não há, no momento, qualquer movimento de saída da técnica.

Assim como Arthur, Pia tem carreira extremamente vencedora, mas construída no âmbito de seleções. É bicampeã olímpica com a Seleção dos Estados Unidos, além de levar uma medalha de prata com a Suécia em 2016, nos Jogos Olímpicos do Brasil. Antes do Brasil, estava treinando o selecionado sub-17 de seu país.

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Na comunicação, escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.