O Passaporte Rússia é mais uma coluna do Futebol na Veia que apresentará curiosidades de todas as seleções que participarão da Copa do Mundo deste ano. Este é o segundo de sete textos sobre a Seleção Colombiana desta edição. Confira os cinco maiores ídolos da história da Seleção Tricolor.
Eleger os cinco maiores ídolos de uma seleção é uma tarefa complicada, e tratando de uma seleção que embora tenha criado grandes nomes do futebol mundial e encantado a todos durante a década de 90, a Colômbia possui apenas um título de expressão, a Copa América de 2001. Então, para escolher esses cinco nomes, serão levados em consideração aspectos como números de jogos, importância para o país e conquistas individuais.
Índice
PASSAPORTE RÚSSIA – OS CINCO MAIORES ÍDOLOS DA SELEÇÃO COLOMBIANA
5 – FREDDY RINCÓN
O volante versátil Rincón que atuava bem tanto no meio campo quanto no ataque anotando vários gols, vestiu a camisa da seleção tricolor durante 11 anos e é ao lado de Carlos Valderrama o colombiano que mais disputou Copas do Mundo.
Rincón fez parte da geração de jogadores da Colômbia que encantou o mundo com seu belo futebol durante os anos 90, disputando as três copas daquela década. Apesar de não ter conquistado nenhum título pelos cafeteiros, ele foi um dos principais jogadores daquela época com gols e jogos históricos.
Dos 17 gols que marcou em 87 partidas pela seleção, há alguns que os torcedores nunca esquecerão. Como o emblemático gol contra a Alemanha durante a Copa de 90, que carimbou a vaga para a segunda fase da competição, e os dois gols anotados na histórica goleada por 5 x 0 em cima da Seleção Argentina, em pleno Monumental de Nuñez.
4 – ÓSCAR CÓRDOBA
O goleiro Óscar Córdoba fez história não só na Colômbia, onde disputou duas Copas (94 e 98) mas também na Argentina. Atuando pela equipe do Boca Juniors, ele conquistou duas Libertadores e um Mundial de Clubes no começo dos anos 2000.
Foi também no início do século 21 que Óscar fez parte do elenco que alcançou a maior glória do futebol colombiano, a Copa América de 2001. Além do título inédito, ele também foi eleito o segundo melhor goleiro do mundo daquele ano, perdendo para o alemão Oliver Kahn, mas deixando para trás grandes nomes, como o do italiano Buffon.
3 – RENÉ HIGUITA
O “El Loco” como é chamado por causa de seu estilo de jogo irreverente, que encantava e também assustava muitos torcedores com suas jogadas arriscadas, não é só um dos maiores ídolos colombianos, mas também um dos grandes goleiros da história do futebol mundial.
Higuita disputou a Copa de 90 pela seleção tricolor, e em 2004 foi eleito pela IFFHS (International Federation of Football History & Statistics) o oitavo melhor goleiro sul-americano do século 20. Mas não foi só dentro de campo que o seu nome ficou marcado, graças a ele também foi alterada uma regra no futebol.
O fato de “El Loco” sair da área jogando como um líbero e driblando vários adversários, fez com que uma conferência técnica em Coverciano, na Itália, decidisse uma nova regra: o goleiro não poderia mais pegar com a mão uma bola que fosse recuada pelo seu companheiro de equipe.
2 – WILLINGTON ORTIZ
Ortiz é apontado por muitos como um dos maiores jogadores da história da Colômbia. Ele foi o principal jogador da seleção cafeteira entre os anos de 1972 e 1985, e conquistou o vice-campeonato da Copa América de 1975, perdendo a final para o Peru.
O “Viejo Wiili” como é chamado pelos colombianos fez história no futebol nacional. Ele vestiu a camisa de grandes clubes, como Millonarios, Deportivo Cali e América de Cali, conquistando seis títulos da Primeira A colombiana e disputando três final de Libertadores. O seu estilo de jogo que misturava habilidade e velocidade, também deu a ele uma posição entre os 20 melhores jogadores sul-americanos do século 20, pela IFFHS em 2004.
1 – VALDERRAMA
Carlos “El Pibe” Valderrama é, sem dúvida, o maior nome da história do futebol colombiano. Ele é o jogador que mais vestiu a camisa tricolor, com 111 jogos e 11 gols marcados, além de ter sido o líder do maior elenco do futebol cafeteiro.
Valderrama disputou as três Copas dos anos 90 e em todas elas foi o camisa 10 e capitão da equipe. Suas belas jogadas e sua habilidade faziam dele o grande nome daquela geração, que até hoje muitos não entendem o porquê de não terem conquistado uma Copa.
Pela seleção, o craque da cabeleira não conquistou nenhum título, suas melhores participações foram nas edições de 1987,1993 e 1995 da Copa América, onde terminou em 3° colocado em todas. Porém, individualmente ele sempre se destacou e recebeu vários prêmios, como o de Melhor Jogador na Copa América e de Rei das Américas, ambos em 1987; o de 39° melhor jogador sul-americano do século 20 pela IFFHS, e foi colocado no seleto Clube dos 100 da FIFA por ninguém menos que o Rei Pelé.