O Passaporte Rússia é mais uma coluna do Futebol na Veia que apresentará curiosidades de todas as seleções que participarão da Copa do Mundo deste ano. Este é o segundo de sete textos sobre a Seleção Belga desta edição. Confira os cinco maiores ídolos da história dos Diabos Vermelhos.
No texto passado, falamos sobre a história da Bélgica até a última Copa do Mundo, no Brasil. Nesta semana, iremos listar os cinco maiores ídolos do futebol belga.
Índice
PASSAPORTE RÚSSIA – OS CINCO MAIORES ÍDOLOS DA SELEÇÃO BELGA
5 – Vincent Kompany
Um ótimo zagueiro, muito forte fisicamente. Começou sua carreira no Anderlecht, clube de sua terra natal, onde aos 17 anos estreou no time principal. Conquistou por duas vezes a Liga Belga, ganhando também muitos prêmios, como de revelação, melhor zagueiro e melhor jogador da competição. Em 2006 foi contratado pelo Hamburgo. Problemas de adaptação na Alemanha e uma lesão no tendão de Aquiles comprometeram sua primeira temporada e parte da segunda. Conseguiu ter uma sequência boa de jogos em 2008, tempo suficiente para chamar a atenção do Manchester City.
O clube inglês trouxe o belga e se surpreendeu com muitos gols e partidas sensacionais. Rapidamente tornou-se ídolo e capitão da equipe, pela qual sagrou-se campeão da Premier League. Foi eleito o melhor jogador do Campeonato Inglês na temporada 2011/2012. Kompany ainda vem sendo o capitão dos Citizens, assim como ídolo da torcida. Pela Seleção Belga, também é o capitão desta boa geração. Disputou as Olimpíadas de 2008 e a Copa do Mundo de 2014. O zagueiro também “faz bonito” fora das quatro linhas, ajudando crianças carentes do país de seu pai, o Congo, investindo em projetos que visam proporcionar educação, moradia e segurança.
4 – Paul van Himst
Maior ídolo do Anderlecht e maior artilheiro da Seleção Belga. Logo aos 16 anos de idade, estreou pelo time de Bruxelas. Conquistou doze títulos com o clube, entre eles o Campeonato Belga, em oito oportunidades, e a Copa da Bélgica, quatro vezes. Foi artilheiro em três edições do maior campeonato de futebol de seu país, assim como melhor jogador. Com 457 partidas e 236 gols marcados, é o jogador que mais vestiu a camisa do Anderlecht e o segundo maior artilheiro da história do clube.

Ótimo finalizador e com uma incrível técnica com a bola nos pés, mesmo não sendo um jogador muito veloz. Com a Seleção Belga, disputou a Copa de 1970 e a Eurocopa de 1972. Marcou 30 gols pelos “Diabos Vermelhos”, sendo até hoje o recordista de gols ao lado de Voorhoof. Como treinador, Paul comandou o Anderlecht, o Molenbeek (Bélgica) e a Seleção Belga, classificando esta última para a Copa de 1994, no qual chegou até às oitavas de final.
3 – Eden Hazard
Um dos melhores jogadores da atualidade. Hazard é rápido, habilidoso e diferenciado. Com apenas 14 anos, foi descoberto por um olheiro do Lille na Bélgica, sendo então levado ao clube francês e chegando ao profissional em 2007. Na temporada seguinte, o atleta conquistou a titularidade e fez um ótimo Campeonato Francês, faturando também o prêmio de revelação. Na mesma competição, um ano depois, recebeu o prêmio de melhor jogador. Venceu a Copa da França e a Ligue 1 com o Lille, o terceiro título francês da história do time.

Após ter inúmeras propostas de grandes clubes europeus rejeitadas, como a do Real Madrid e do Arsenal, o Lille aceitou a oferta de quase R$ 175 milhões oferecido pelo Chelsea, liberando o belga. Desde 2012, Hazard é o grande craque dos Blues, conquistando a Liga dos Campeões, a Copa da Liga e a Premier League, esta última sendo o melhor jogador do torneio. O meia tem tudo para ser o maior jogador belga de todos os tempos, contudo ainda lhe falta sucesso com sua Seleção e mais experiência. Na Copa do Mundo de 2014 decepcionou, porém, ainda é um jovem jogador e pode brilhar nas próximas edições da maior competição do futebol mundial.
2 – Michel Preud’homme
Quando falamos em um goleiro completo, ele precisa reunir boa saída com as mãos, elasticidade, agilidade, impulsão e liderança. Preud’homme possuía todos estes atributos e pode ser considerado um dos melhores goleiros europeus de todos os tempos. Logo aos 10 de idade, começou a treinar no Standard Liège, time de sua cidade natal. Estreou no time principal em 1977, quando tinha 18. Conquistou duas vezes o Campeonato Belga e uma Copa da Bélgica pela equipe, jogando cerca 283 partidas nos nove anos de Standard. Transferiu-se para o Mechelen (também da Bélgica) em 1986, onde se consagrou como um dos maiores ícones da história do clube. Viveu o melhor período de títulos da equipe, conquistando um Campeonato Belga, uma Copa da Bélgica e a Supercopa da UEFA de 1988, derrotando o poderoso Ajax na final.

Em 1994, Michel acertou com o Benfica, sendo o primeiro goleiro estrangeiro da história do time de Lisboa. Apesar de já estar veterano, 35 anos, apresentou grande forma. Rapidamente tornou-se ídolo dos “Encarnados”, praticando verdadeiros “milagres”, o que lhe rendeu o apelido de “São Michel”. Foi campeão da Copa de Portugal em 1995, contudo não conseguiu vencer o Campeonato Português. Em 1999, aos 40 anos, anunciou sua aposentadoria. Pela Seleção Belga, Preud’homme disputou 58 partidas, tendo como seu ápice a Copa do Mundo de 1994, vencendo na ocasião o prêmio de melhor goleiro do torneio. Desde 2013, Michel é técnico do Club Brugge (Bélgica), onde vem fazendo ótimo trabalho.
1 – Jan Ceulemans
Meia de boa qualidade e liderança, que seus companheiros o conheciam como “Capitão Coragem”. Seu primeiro clube foi o Lierse, onde atuou em quatro temporadas e foi a grande revelação belga dos anos 70. Transferiu-se para o Club Brugge em 1978, vivendo seus melhores momentos da carreira. Conquistou quatro títulos do Campeonato Belga, sendo eleito três vezes o craque da competição. Além disso, ainda faturou duas Copas da Bélgica e cinco Supercopas.

Recebeu propostas de grandes clubes da Europa, em especial do Milan, que “fez de tudo” para tirar o meia do Brugge, mas Ceulemans preferiu ficar em seu país. Pela Bélgica, o ex-jogador é o recordista de atuações com 96 ao todo, anotando 23 gols. Foi o maior destaque das campanhas de 1980 na Eurocopa, no qual conduziu sua equipe até a final da competição, e das Copas do Mundo de 1982 e 1986, marcando três gols. Foi o capitão do grupo que chegou até às semi-finais do torneio disputado no México. Como treinador de futebol, dirigiu equipes como Brugger e o Westerloo, ambos clubes belgas.