O Passaporte Rússia é mais uma coluna do Futebol na Veia que apresentará curiosidades de todas as seleções que participarão da Copa do Mundo de 2018. Este é o quarto de sete textos sobre a Seleção da Dinamarca.
A melhor participação dos dinamarqueses em copas foi em 1998 na França. Com uma seleção de respeito, que contava com um dos melhores goleiros do mundo, Peter Schmeichel e os Irmãos Laudrup, a equipe de Bo Johansson foi brecada pelos atuais campeões da época e por um craque que teve uma noite magistral. Confira o texto sobre Brasil 3 x 2 Dinamarca.
Índice
Quartas de Final – O ultimo ato de Laudrup em noite de Rivaldo
A Copa do Mundo de 1998 na França foi sem dúvida uma das melhores copas já feitas e porque não jogadas. Como toda copa, várias seleções desfilavam seus craques por um único objetivo: ser campeão do mundo. Em 1998 esse objetivo não era diferente entre Brasil e Dinamarca.
Esqueça a primeira fase e as oitavas. Nesse texto vamos focar apenas no jogaço que as duas seleções fizeram nas quartas de final daquela copa. Um jogo inesquecível para muitos brasileiros e dinamarqueses e que contavam com diversos craques como Ronaldo e Michael Laudrup, mas apenas um desequilibrou: Rivaldo.
O jogo
Era 3 de julho. O jogo foi no Stade de la Beaujouir, em Nantes, para mais de 35 mil pessoas, que esperavam ver a seleção campeã do mundo e que contava com diversos craques, porém não tinham enfrentado um adversário forte como a Dinamarca naquele mundial, e que contava com um craque que era o único remanescente da famosa “Dinamáquina” de 1986, Brian Laudrup.
O jogo já começou quente, logo aos dois minutos de jogo. Em uma das inúmeras falhas da zaga brasileira naquela copa, a Dinamarca se aproveitou de mais uma delas. Cobrou uma falta rápida feita por Dunga, Brian Laudrup recebeu e rolou para trás, Jorgensen bateu no contrapé de Taffarel.
Mas o Brasil tinha craques que podiam decidir. E um deles entrou em ação rapidinho. Ronaldo (que ainda era Ronaldinho), enfiou uma bola no meio da defesa dinamarquesa que achou Bebeto. O tetracampeão não perdoou e bateu na saída do excelente Peter Schmeichel.
Show de Rivaldo
Foi aí que Rivaldo começou a entrar em ação no jogo. O capitão Dunga roubou a bola de Thomas Helveg e tocou para Ronaldo. O fenômeno encontrou Rivaldo que cara a cara com Schmeichel, que saiu pressionando, e com uma cavadinha tirou aquele que era o maior goleiro do mundo na época. Alivio para a torcida brasileira.
Só que a Dinamarca era extremamente perigosa e pressionava a seleção campeã do mundo, principalmente com os irmãos Laudrup. E Michael não queria que aquele fosse seu último jogo pela seleção.
Entre essas jogadas de ataque, em uma disputa entre Cesar Sampaio e Jorgensen, a bola subiu, Roberto Carlos tentou tirar de bicicleta, mas furou, e a bola sobrou para Brian Laudrup fuzilar Taffarel e fazer a comemoração que ficou eternizada nas histórias das copas (pose da pequena sereia, em Copenhague).

Entre tantos craques, um se sobressaiu naquele jogo: Rivaldo. O camisa 10 da seleção e do Barcelona, em um dia inspirado, carregou a bola e bateu de fora da área, forte e rasteiro, sem nenhuma chance de defesa de Peter Schmeichel, que se esticou todo. 3 x 2 Brasil. E o pernambucano praticamente calou um país inteiro e explodiu um brasil de felicidade.
Não deu mais para Dinamarca
Após o gol, o que se viu foi uma Dinamarca doida pelo empate, abusando de jogadas aéreas (entre elas uma bola na trave) e desesperada. Não foi dessa vez que vimos os nórdicos, campeões europeus de 1992, como semifinalista de uma Copa do Mundo.

Valeu por ser a melhor participação dos dinamarqueses em mundiais. Além disso, também por ser o último jogo do maior jogador dinamarquês. Michael Laudrup, pela seleção.
Anos depois, um dos irmãos Laudrup, Brian, disse em entrevista que aquele jogo poderia ser a maior surpresa de todos os tempos. Porém, infelizmente o Brasil tinha Rivaldo, um dos melhores jogadores daquela época.
Ah se não fosse o Rivaldo naquele 03 de julho de 1998…





