A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, suspendeu, sem aviso prévio, o acesso de alguns membros da oposição aos ingressos que eram bonificados a todos os eleitos para o conselho deliberativo do clube.
A informação foi revelada pelo Nosso Palestra e confirmada pela Trivela, que conversou com conselheiros que não conseguiram adquirir bilhetes para o jogo Palmeiras x Goiás, de amanhã (15).
Segundo informações também confirmadas pela Trivela, tal bloqueio não foi estendido a todos os conselheiros, mas sim aos signatários de um questionamento sobre a relação da Placar Linhas Aéreas, de propriedade de Leila, com o clube.
Procurado pela Trivela para confirmar a questão, o Palmeiras se manifestou por meio de uma nota oficial: “A disponibilização de ingressos para conselheiros é uma liberalidade da gestão; não é, portanto, uma obrigação, tampouco um direito”.
“Não queremos gratuidade”
“Isso ficou institucionalizado desde a época do Paulo Nobre. Todo conselheiro podia adquirir um ingresso sem custo, um com desconto de 50% e um fazendo o pagamento integral”, explicou Luiz Moncau, membro do coletivo Ocupa Palestra e conselheiro de segundo mandato.
Moncau foi um dos que teve o acesso para compra negado.
“Se ela (Leila) quiser acabar com o benefício, não tem problema, lutamos para que não haja benefícios para ninguém, para que todos os torcedores tenham os mesmos direitos. Mas o importante é a regra ser para todos, e não feita com base em escolhas que podem ter motivos pouco transparentes”, completou.
Um conselheiro que preferiu não se identificar disse temer que a medida seja apenas a primeira de uma série de represálias que devem ser feitas contra aqueles que questionaram ou vierem a questionar aspectos da gestão de Leila Pereira.
Em 28 de agosto, um grupo de cerca de 40 conselheiros enviou pedido de esclarecimentos sobre o contrato de patrocínio da Crefisa e da FAM ao Palmeiras. Existe, entre eles, o temor de novas represálias.