O Atlético-MG enfrentava um cenário caótico, rodeado por crises e fantasmas em 2011. Naquela temporada, o Galo escapou do rebaixamento sob o comando do técnico Cuca. Além disso, foi goleado pelo seu maior rival, , que escapou da degola na última rodada do Campeonato Brasileiro.
Assim, era necessário uma mudança geral na equipe, para que assim, o time mineiro pudesse retomar o caminho das vitórias e títulos.
No ano seguinte, o Atlético passou por uma reformulação total em seu elenco. Reforços como o goleiro Victor, o lateral Junior César e o atacante Jô chegaram ao time alvinegro. Além disso, o presidente Alexandre Kalil, à época, trouxe uma contratação de impacto: Ronaldinho Gaúcho.
O jogador não vivia um bom momento no Flamengo, mas chegou a pedido do técnico Cuca, que tinha a confiança para recuperar toda genialidade de R10.
TRABALHO E DEDICAÇÃO
Em 2012, com uma mescla entre experiência e juventude, Cuca montou um time muito rápido e letal aos adversários. Todavia, naquele ano, o Galo esbarrou na trave e ficou com o vice-campeonato Brasileiro. Já em 2013, o Atlético retornava à Copa Libertadores após 13 anos.
O time mineiro queria fazer bonito no torneio continental. Dessa forma, trouxe reforços pontuais para o elenco. Chegaram ao Alvinegro, o zagueiro Gilberto Silva, os volantes Josué e Rosinei, e os atacantes Luan, Alecsandro e o ídolo Diego Tardelli.
O Atlético fez uma fase de grupos irretocável e reencontrou o São Paulo nas oitavas da competição. Como resultado, sob o comando de Ronaldinho Gaúcho eliminou o Tricolor Paulista. Logo depois, nas quartas, o Galo encarou o Tijuana, do México. O time mexicano impôs muita dificuldade ao Alvinegro.
Coube ao goleiro Victor defender uma cobrança de pênalti aos 49 minutos do segundo tempo, no Independência, para classificar o clube para a semifinal da Libertadores. Na semi, um duelo emocionante contra os argentinos do Newell´s Old Boys. Após perder a ida de 2 a 0, o Galo devolveu o placar no Horto e ganhou nos pênaltis.
Na grande final, o Galo tinha o tricampeão Olimpia pelo caminho. O Atlético repetiu o mesmo roteiro da semifinal e ganhou a Copa Libertadores de 2013, de uma maneira espetacular. Drama, emoção, raça e paixão não faltaram ao Clube Atlético Mineiro.
A conquista coroou muitos personagens do Galo. Ronaldinho Gaúcho, Cuca, dentre outros grandes jogadores colocaram a maior competição da América do Sul no currículo.
Time base: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver, Junior César, Pierre, Leandro Donizete (Josué) Ronaldinho Gaúcho, Bernard, Jô e Tardelli. Técnico: Cuca
NA BASE DO “GALO DOIDO”
O Atlético campeão da Copa da Libertadores 2013 jogava em um 4-3-3 bem ofensivo. O estilo “Galo Doido” foi apelidado pelos torcedores, visto que dentro de campo, o time jogava com muita intensidade, fazendo uma marcação pressão alta.
No gol, o Alvinegro contava com o bom goleiro Victor. O jogador chegou ao clube vindo do Grêmio e em pouco tempo caiu nas graças dos torcedores, por ser um arqueiro com ótimo reflexo e envergadura.
Pelo lado direito da defesa, Marcos Rocha era o dono da posição. O lateral era bem ofensivo e fazia bons cruzamentos quando chegava ao ataque. Enquanto isso, já pela esquerda, Junior César era um lateral que apoiava o ataque e tinha boa marcação.
A zaga era formada pelas torres gêmeas, Réver e Leonardo Silva. A dupla era uma grande arma na bola aérea. Assim, ambos conseguiram explorar tanto as cabeçadas, que se tornaram os dois maiores zagueiros artilheiros do clube mineiro.
O meio-campo contava com Pierre e Leandro Donizete. Assim, a dupla era muito forte na marcação e era responsável por dar segurança ao time, uma vez que o Galo era bem ofensivo. O craque do time era Ronaldinho Gaúcho. Com isso, o Bruxo conseguiu recuperar seu bom futebol e era o maestro da equipe. R10 era o articulador das jogadas e por meio dele, o Atlético tinha o toque de genialidade.
ATAQUE LETAL
Por fim, os pontas Bernard e Tardelli davam qualidade ao ataque com muita velocidade e dribles. Enquanto isso, Jô era o centroavante e referência. Assim, era imprenscidível no esquema de Cuca, já que fazia o pivô para a chegada dos pontas e meias ao campo de ataque. Em suma, o Galo era um time letal e que jogava na base do coração. Ademais, movidos pela apaixonada torcida atleticana, foi recompensado com o maior título da sua história e assim mudou de patamar.
Foto destacada: Divulgação / Atlético