Grupo do Internacional na Libertadores 2023: logística desgastante, debutante no torneio e gigante uruguaio pelo caminho

Em meio a crise que vive após eliminação precoce no Campeonato Gaúcho, o Internacional conheceu na noite da última segunda-feira (27) seus adversários na Copa Libertadores 2023. Integrante do Grupo B da competição continental, o Colorado terá de enfrentar o Nacional (Uruguai), Metropolitanos (Venezuela) e Independiente Medellín (Colômbia). Bicampeão do torneio, o clube gaúcho busca o tri, contudo precisará melhorar o desempenho e a regularidade em campo se quiser levantar a taça. Abaixo, confira tudo sobre os rivais do Inter.

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Conheça o Grupo do Internacional na Libertadores 2023

Metropolitanos

Estreante na Libertadores, o Metropolitanos tem apenas 11 anos de existência. O clube venezuelano, que participou da Copa Sul-Americana de 2022, conseguiu sua vaga no torneio mais importante do continente graças ao título do campeonato local no ano passado, conquistado pela primeira vez em sua história. Apesar de ter mantido a base do time que triunfou, Los Violetas não repetem o mesmo desempenho na atual temporada. Comandada pelo técnico José María Morr, a equipe amarga a penúltima posição, com apenas quatro pontos ganhos. Em seis jogos disputados até o momento, foram quatro derrotas sofridas, um empate e uma vitória.

Grupo do Internacional na Libertadores 2023: logística desgastante, debutante no torneio e gigante uruguaio pelo caminho — Atual campeão venezuelano, o Metropolitanos faz sua estreia na Libertadores (Foto: Divulgação/Gabriela Bruni/Metropolitanos FC)

O principal destaque da equipe é Charlis Ortíz, de 36 anos. O experiente atacante tem passagens por rivais locais, como Deportivo Táchira, Anzoatégui e La Guaira. Bem como o resto do time, o jogador busca melhorar o desempenho na temporada. Se em 2022 balançou as redes 11 vezes, neste ano só marcou um gol até o momento.

Buscando retomar a boa fase e reencontrar o caminho das vitórias, o Metropolitanos entrará como “azarão” no Grupo B. O clube, que manda seus jogos no Estádio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela (capacidade para aproximadamente 24 mil espectadores), é a equipe mais fraca da chave, e por isso deve disputar as partidas como um franco atirador, tentando surpreender os rivais. Vale destacar que a distância de aproximadamente 4.816 km de Porto Alegre a Caracas é um fator negativo para o Internacional, que sofrerá com tal logística.

Independiente Medellín

Novamente Internacional e Independiente Medellín caem no mesmo grupo em uma competição continental, já que foram adversários na fase de grupos da Copa Sul-Americana de 2022. Na ocasião, o Colorado levou a melhor nas duas partidas: 1 x 0 na Colômbia e 2 x 0 no Beira-Rio. Na atual temporada, o rival dos gaúchos faz campanha mediana no campeonato local. O DIM figura na 11ª colocação do certame com 12 pontos ganhos em 10 jogos (três vitórias, três empate e quatro derrotas). Pelo fato de ter priorizado as fases eliminatórias da Libertadores, passando por El Nacional, do Equador, e Magallanes, do Chile, os colombianos tem pagado um preço alto no torneio de pontos corridos.

Treinado pelo ex-goleiro David González, o Independiente Medellín tem como principal jogador o argentino Luciano Pons. O atacante de 32 anos tem quatro bolas na rede e três assistências concedidas nesta temporada em 13 jogos disputados. De 2020 a 2021, o artilheiro defendeu o Banfield, clube de seu país. Bem como contra o Metropolitanos, o Inter precisará realizar um deslocamento longo até Medellín, cerca de 4.083 km.

Nacional

Sem dúvidas o confronto mais difícil para o Internacional neste Grupo B. Gigante do continente sul-americano, o Nacional é o atual campeão uruguaio, tem história na competição (tri campeão) continental e possui uma torcida apaixonada e barulhenta. Bolso e Colorado já se enfrentaram em quatro edições da Libertadores. Se em 1980 os uruguaios derrotaram os gaúchos na final, em 2006 o Inter deu o troco, eliminou o rival nas oitavas daquele ano e rumou para conquistar a América pela primeira vez em sua história.

Após início turbulento no Campeonato Uruguaio, o Nacional demitiu o técnico Ricardo Zielinski e trouxe Alvaro Gutierrez. Esta é a terceira passagem do comandante pelo bolso. Nas duas últimas, também assumiu com a temporada já começada e bateu campeão local em ambas. O time comandado por Guti tem ao menos dois nomes que a torcida colorada deve ficar de olho: o goleiro Sergio Rochet, titular da Seleção Uruguaia na Copa do Mundo do Catar, e o centroavante Emmanuel Gigliotti. O goleador argentino marcou 14 gols na temporada passada e na atual já tem três bolas na rede.