Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, pode ser enforcado por participar de campanha em defesa dos direitos das mulheres no Irã. O sindicato dos jogadores de futebol do país (FIFPRO), organização representativa mundial de 65.000 jogadores profissionais, postou no Twitter na noite desta segunda-feira (12). De acordo com a IranWire, o sistema judicial da República Islâmica planeja enforcar o zagueiro pela morte do coronel Esmaeil Cheraghi e dois membros do Basij.
Nasr-Azadani e outros dois acusados apareceram na televisão estatal em 20 de novembro, quando leram uma confissão “forçada”. A IranWire acrescentou que estava ciente de que o defensor, que anteriormente já atuou pelos times Rah-Ahan, Tractor e Gol-e Rayhan, no Irã, estava presente nos protestos.
“A FIFPRO está chocada e enojada com os relatos de que o jogador de futebol profissional Amir Nasr-Azadani enfrenta a execução no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e liberdade básica em seu país. Somos solidários com Amir e pedimos a remoção imediata de sua punição.”
Morte de membros da Basij
Relatos apontam que membros do Basij foram mortos. Uma fonte acrescentou que o seu envolvimento nos protestos se limitou a entoar palavras de ordem por algumas horas. A equipe estava no grupo B da Copa do Mundo do Qatar. A primeira partida foi contra a Inglaterra. A saber, sofreu uma goleada de 6 X 2 para o English Team. No segundo jogo, vitória contra o País de Gales por 2 x 0 e que deu chances dos iranianos se classificarem.
No entanto, em partida contra os Estados Unidos, que envolvia não somente futebol, bem como política, o time do Irã perdeu por 1 x 0 e se despediu do Mundial.
Jogadores do Irã protestaram
A seleção iraniana, que participava na Copa do Mundo no Qatar, também fez o seu próprio protesto, ao se recusar a cantar o hino nacional antes do confronto de estreia contra a Inglaterra, no dia 21 de novembro. Sob ameaça de prisão e violência contra familiares, os atletas cantaram o hino nos jogos seguintes.
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