Novo “Grupo City”? Independiente del Valle tem conglomerado de clubes

O Independiente del Valle, do Equador, é um dos projetos esportivos mais interessantes da América do Sul. Investindo nas categorias de base, o clube tem atletas revelados atuando em todo o globo, desde Jhoanner Chávez, do Bahia, até Moisés Caicedo, do Brighton, da Inglaterra.

A equipe equatoriana é administrada pelo Grupo Independiente, que também dirige o Independiente Juniors, time sub-20, Independiente Dragonas, feminino, o Numancia, da Espanha, e a mais recente aquisição, o Atlético Huila, do Colômbia.

“O Grupo Independiente adquiriu a equipe do Atlético Huila, um clube importante do futebol colombiano, com o objetivo de implementar o Método Independiente, que se enfoca na formação de talento de alto rendimento e na construção de processos esportivos de médio e longo alcance, para alcançar a excelência desportiva e institucional”, disse o Grupo em nota.

Adquirido em 2007 pelo empresário Michel Denner, o del Valle viveu uma verdadeira reformulação em sua metodologia e tornou-se um clube presente nas principais competições sul-americanas. Para fortalecer a filosofia de jogo moderno, pegando como base ideias do Barcelona, da Espanha, o clube fez uma parceria com a Academia Aspire, centro localizado no Catar.

Da Aspire, saiu Miguel Ángel Ramírez, técnico campeão da Copa SulAmericana pelo clube em 2019 e foi treinador do Internacional em 2020, local onde foi demitido após apenas três meses. O português Renato Paiva, atualmente no Bahia, também passou pelo time equatoriano.

Outras conquistas importantes do clube aconteceram nos últimos dois anos, com os títulos da SulAmericana (2022) e da Recopa SulAmericana (2023), além do âmbito regional, onde foi campeão nacional (2021) e da copa (2022). A equipe ainda foi vice-campeã da Libertadores em 2016.

Independiente del Valle virou “carrasco de brasileiros”

A campanha do título da Sula de 2019 teve o Corinthians como um dos eliminados pelos equatorianos. Na ocasião, o Timão perdeu em plena Neo Química Arena por 2 x 0 e empatou, em 2 x 2, no Equador.

O Independiente del Valle também caiu em duas oportunidades em grupos de equipes brasileiras na Libertadores. Na primeira vez, em 2020, enfrentou o Flamengo e na altitude de Quito goleou por 5 x 0 o time na época comandado pelo espanhol Domènec Torrent e depois sofreu 4 x 0 no Rio de Janeiro.

Contra o Palmeiras, em 2021, campanha do título alviverde, perdeu as duas: 1 x 0 no Equador e 5 x 0 no Allianz Parque.

Em 2022, o São Paulo foi a vítima do Independiente, ao perder a final da Copa Sul-Americana por 2 x 0.

Pela Recopa Sul-Americana de 2023, o Flamengo perdeu a taça em pleno Maracanã para equipe equatoriana e vingou a edição de 2020, vencida pelo lado rubro-negro ainda com Jorge Jesus no comando.

A mais recente derrota brasileira para o Independiente del Valle aconteceu na Neo Química Arena novamente. Na estreia de Vanderlei Luxemburgo, o Corinthians perdeu por 2 x 1 e a volta está marcada 8 de junho, no Equador.

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Na comunicação, escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.