Fluminense publica nota de repúdio contra grife de roupas; veja mais

Embalado na temporada após o título do Campeonato Carioca, o Fluminense se manteve forte dentro de campo, e por enquanto, tem conseguido superar seus adversários em todos os campeonatos que vem disputando em 2023. Liderando o Brasileirão com duas vitórias em dois jogos, além de estar na frente também em seu grupo da Libertadores, e classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil, os comandados de Fernando Diniz vivem fase iluminada nesta temporada, e tem de tudo para conquistar ainda mais títulos pelo futebol que tem apresentado.

Neste meio de semana, o time viajou até Belém, no Pará, para o jogo de volta da 3ª fase da Copa do Brasil, e não tomou conhecimento do Paysandu, e mesmo jogando fora de seus domínios, venceu pelo placar de 3 x 0, avançando na milionária competição da CBF.

Se dentro de campo, o time tem correspondido, e o clima entre o elenco é o melhor possível, fora dele, a situação é quente após o clube romper relações com uma marca de grife. Em nota oficial publicada no site oficial do Fluminense, o Tricolor das Laranjeiras repudiou os ataques sofridos pelo dono da marca de roupas Reserva, Rony Meisler. De acordo com a publicação, o empresário teria feito acusações falsas de racismo do clube em relação ao apelido “pó-de-arroz”, muito utilizado pelos rivais do Fluzão no século XX, como forma de caçoar do jogador Carlos Alberto, que tinha como hábito utilizar o produto em seu rosto logo após fazer a barba.

Porém, ao invés de se tornar uma palavra ofensiva, teve efeito contrário, sendo assim o termo foi abraçado pelo torcedor do Fluminense, que transformou o apelido em um símbolo da torcida até os dias atuais.

“O Fluminense FC adotará as medidas legais cabíveis e destinará a entidades dedicadas ao combate ao racismo toda indenização recebida em decorrência de ações judiciais movidas contra aqueles que espalham notícias comprovadamente falsas a respeito de um tema tão sensível SOBRETUDO PARA OS NOSSOS TORCEDORES NEGROS E que jamais deveria ser usado sob um pretexto tão banal quanto a provocação clubista.

Diante desse comportamento inaceitável, o clube também está cancelando qualquer relacionamento com a referida empresa por entender que este senhor e a grife que fundou não são dignos de ter sua marca associada ao clube”, afirmou o clube em nota.

Empresário justifica resposta ao Fluminense nas redes sociais

Por conta da repercussão do caso, Rony Meisler explicou que os motivos de sua fala em relação ao pó-de-arroz nada tinham a ver com o clube, e sim com a postura do presidente Mário Bittencourt, que segundo o empresário, teria ofendido a torcida do Vasco da Gama, assim como o clube. O dono da marca Reserva ainda afirmou que em nenhum momento quis ofender o Fluminense, e sim, rebater as declarações do mandatário do clube das Laranjeiras.

Além disso, Meisler ainda reconheceu que errou ao ter citado a história do pó-de-arroz sem ter conhecimento prévio da história e associá-lo a uma imagem de racismo, e reparou seu erro após ser avisado por amigos que o avisaram sobre a origem do termo para o torcedor do Fluminense.

Lucas de Souza

Lucas de Souza

Repórter na equipe do Futebol na Veia e redator na Trivela, Lucas Souza é narrador do canal Futebol Interior e da Federação Paulista de Futebol.