Cuca e outros: os trabalhos mais rápidos dos treinadores no futebol brasileiro

O Corinthians vive uma grande turbulência acerca do seu comando técnico. Cuca assumiu o posto de treinador e, logo depois de dois jogos, pediu demissão, em função da contestação da torcida do clube. Isto porque o treinador foi condenado por estupro de uma jovem de 13 anos, quando ainda era jogador do Grêmio, em 1989, em Berna, na Suíça. 

Nesses e outros casos, sabe-se da instabilidade que cerca o cargo de treinador no Brasil. Sejam quais forem os motivos dos desligamentos, boa parte dos técnicos não aguentam sequências ruins, ainda que tenham pouco tempo de trabalho e uma logística de treinamento muito complicada. Questões como a pressão por resultados imediatos fazem com que muitos dos comandantes técnicos no futebol nacional rodem por muitos clubes, temporada após temporada. 

Cuca e outros: os trabalhos mais rápidos dos treinadores no futebol brasileiro

O trabalho de sete dias, dois jogos, uma derrota e uma vitória no Corinthians fez com que Cuca iguala-se Ademir Fonseca, como o trabalho menos duradouro no futebol brasileiro, desde 2003. Em contrapartida, naquela oportunidade, Ademir deixou o comando do Leão do Pici sem comandar nenhum jogo, em função da sua ida para o Goiás, que disputava a Série B em 2011. O Fortaleza estava no Brasileirão da Série C, o que justificou a troca. 

Além deles, o futebol brasileiro tem outras passagens-relâmpago nos bancos de reservas ao longo da sua história. O Espião Estatístico, do ge, elencou uma lista de técnicos que tiveram passagens curtas no Brasil. Confira os 10 treinadores com os trabalhos menos longevos, desde 2003, no nosso futebol. 

  • Ademir Fonseca (Fortaleza): 7 dias em 2011: Nenhum jogo
  • Cuca (Corinthians) – 7 dias em 2023: 2 jogos | 1 vitória | 1 derrota – 50% de aproveitamento
  • Rubens Salles (Bragantino) – 8 dias em 2004: Nenhum jogo
  • Sidney Moraes (Avaí) – 8 dias em 2013: Nenhum jogo
  • Arnaldo Lira (Ceará) – 9 dias em 2004: 2 jogos | 2 derrotas – 0% de aproveitamento
  • Flávio Lopes (Ceará) – 10 dias em 2008: 2 jogos | 1 vitória | 1 derrota – 50% de aproveitamento
  • Mário Sérgio (Botafogo) – 10 dias em 2007: 3 jogos | 3 derrotas – 0% de aproveitamento
  • Alexandre Gallo (Santa Cruz) – 11 dias em 2021 | 3 jogos | 1 empate | 2 derrotas – 11% de aproveitamento
  • Enderson Moreira (América-MG) – 11 dias em 2009: 3 jogos | 1 vitória | 1 empate | 1 derrota – 44% de aproveitamento
  • Ricardo Drubscky (Paraná) – 12 dias em 2014: 1 jogo | 1 vitória – 100% de aproveitamento
Paulo Sérgio Nunes

Paulo Sérgio Nunes

Jornalismo, na melhor faculdade de Portugal: a Universidade do Porto. Cobertura de Libertadores, Champions League in-loco.