Cuca detalha acusação de estupro e se diz pronto para encarar protestos no Corinthians: “Não sou bandido”

No final da tarde desta sexta-feira (21), Cuca concedeu entrevista coletiva como novo técnico do Corinthians. Perguntado sobre a pressão de assumir o Timão em meio a protestos de torcedores contrários a sua chegada, o treinador se disse preparado e negou que tenha participado do caso de estupro em Berna (Suíça), em 1987. Segundo o comandante de 59 anos, ele é totalmente inocente.

“Sei que Duílio e Alessandro estão tomando porrada por ter me contratado, mas eu não sou bandido. Disse para ele que se tiver arrependido e quiser me mandar embora, eu vou. Mas eu não vou sair. Eu não sou bandido. Vou passar por cima de protesto, de tudo. Se não tiver protesto, melhor. Mas hoje eu sou Corinthians. Tendo saúde e paz, você fica tranquilo. E hoje eu durmo tranquilo”.

 

Protestos e pressão da torcida

Diversos torcedores do Corinthians nas redes sociais, especialmente mulheres, criticaram ferozmente a chegada de Cuca. Algumas torcidas organizadas, como a Camisa 12, Estopim e Pavilhão 9, publicaram notas repudiando a contratação do treinador. A Gaviões da Fiel, principal organizada do clube, não se manifestou.

Nesta sexta-feira (21), os muros do Parque São Jorge amanheceram pichados, com dizeres contrários ao novo comandante e à diretoria alvinegra. Além disso, um grupo de corintianas protestou na frente do CT Joaquim Grava pouco antes do início da coletiva de apresentação de Cuca. Faixas com os dizeres “Ele não”, “Respeita as minas” e “Fora Cuca” foram hasteadas no local.

Relembre o ‘Caso Cuca'

No ano de 1987, quando ainda era jogador de futebol, Cuca e três companheiros de Grêmio foram acusados de manter relação sexual com uma garota de 13 anos em Berna, na Suíça. Dois anos mais tarde, ele foi condenado a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. O novo técnico do Corinthians, conforme reforçou em sua coletiva de apresentação, nega as acusações e se diz inocente.

Guilherme Calvano

Guilherme Calvano

Carioca, 23 anos. Cobri o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Repórter de futebol nacional e sul-americano no Futebol na Veia.