Briga generalizada deixa dezenas de feridos no futebol colombiano; entenda a situação

Na noite do último domingo (16), torcedores do Atlético Nacional entraram em confronto com a polícia e forçaram o cancelamento do clássico contra o América de Cali, no estádio Atanasio Girardot, em Medellín (Colômbia). Segundo o canal Caracol, o embate com as forças de segurança deixou 89 pessoas feridas, das quais quatro precisaram ser encaminhadas a unidades de saúde para atendimento emergencial.

Protagonizada pela barra brava ‘Los del Sur', a briga generalizada foi iniciada minutos antes da previsão do pontapé inicial do clássico. O estopim da confusão se deu após a diretoria do Atlético Nacional ter suspendido nos últimos dias o apoio financeiro que dava ao grupo há cerca de duas décadas para ajudar com custos de viagens e logística para festas nas arquibancadas. Antes do Atanasio Girardot ter virado praça de guerra, a torcida havia divulgado uma nota na última sexta-feira (14) criticando a decisão do clube.

“Ele (Benjamín Romero, vice-presidente do Atlético Nacional) chama de benefícios econômicos o que são a logística, a segurança e a convivência de todos os assistentes, através da logística que criamos há 12 anos”, diz trecho da nota da barra brava.

Posicionamento do clube e das autoridades

Após o ocorrido, o Atlético Nacional divulgou nota lamentando e repreendendo a violência. No texto, a instituição faz um “chamado à convivência pacífica dentro e fora dos estádios para que se viva a festa do futebol em harmonia”. No entanto, o posicionamento não convenceu as autoridades colombianas, que culparam o clube pela briga generalizada.

Confira a nota na íntegra

Juan Pablo Ramírez, secretário do governo de Medellín, pontuou que “há arrogância e soberba nos dirigentes do Atlético Nacional“. Além disso, solicitou que o clube seja responsabilizado e penalizado pelos policiais e jovens feridos, bem como pelo diálogo que mantém com a barra brava Los de Sur.

“Rechaçamos de maneira categória a violência por parte dos torcedores. Mas é necessário estabelecer a responsabilidade dos dirigentes do clube nestes destroços, nas lesões dos policiais, nos jovens feridos e ensanguentados, por la renúncia, em escutar sua torcida”, disse Ramírez.

Guilherme Calvano

Guilherme Calvano

Carioca, 23 anos. Cobri o Flamengo no Coluna do Fla e o Chelsea no Blues of Stamford. Repórter de futebol nacional e sul-americano no Futebol na Veia.