Com toda a certeza, a arbitragem feminina faz história na Copa do Mundo 2022. É possível falar que o Catar vai marcar a atual geração do esporte devido a uma série de fatores. Como, por exemplo, ser o primeiro país do Oriente Médio a receber o Mundial. Além disso, é também a estreia do torneio no mês de novembro.
No entanto, outro ponto chama ainda mais a atenção e deve ser levado em consideração. Catar 2022 é a primeira Copa masculina com a presença das mulheres no comando do apito.
Ao todo, seis profissionais foram selecionadas para arbitrar no campeonato. São elas: árbitras principais – Stéphanie Frappart, da França; Yoshimi Yamashita, do Japão; Salima Mukansanga, de Ruanda; árbitras assistentes – Karen Díaz Medina, do México; Kathryn Nesbitt, dos EUA; Além da já conhecida pelos brasileiros, Neuza Back.
Arbitragem feminina na Copa do Mundo masculina
A princípio, o fato de incluir arbitragem feminina em uma Copa do Mundo masculina marca uma geração. Mas se engana quem pensa que elas chegaram ao Catar apenas por boa vontade. Muito pelo contrário. As profissionais passaram por um longo processo de seleção, que teve início há alguns anos. Desde a implementação das mulheres nos jogos de juniores e seniores organizados pela FIFA, até palestras, projetos, treinos e seminários.

Para acompanhar de perto o desempenho, toda uma preparação foi realizada também. No momento em que as seleções começaram a chegar ao Catar, nas últimas semanas, os dirigentes da entidade relacionados à arbitragem já haviam se reunido bem antes. Dessa forma, proporcionando um período forte e maior de integração para todos os estreantes no torneio.
Neuza Back: a brasileira na arbitragem feminina da Copa do Mundo Catar 2022
Dentre as selecionadas para a arbitragem feminina na Copa do Mundo está a brasileira Neuza Back. Em suma, a assistente de 37 anos entrou para a listas de escolhidas da FIFA após o seu desempenho atuando no país natal.
Ao ser entrevistada pelo Globo Esporte, revelou que foi um “momento indescritível” quando soube da notícia e reforçou a responsabilidade de ter sido escolhida:
“É muito legal, indescritível, é um momento, assim, de alegria, de gratidão e um pouco também de senso de responsabilidade, por eu ser a única mulher eu sei que preciso ir lá e representar todas nós muito bem”, comentou Neuza.
Além disso, a catarinense disse também que ficou sabendo das informações pelas amigas e a imprensa:
“Eu soube pela imprensa. Na verdade, quando as minhas amigas que estão aqui comigo no jogo me falaram: ‘Nossa, você vai pra Copa do Mundo!’ E eu falei: ‘Hã?’. Eu não tinha nem visto. Aí comecei ver as reportagens e as notícias e eu fiquei assim: ‘Calma, eu preciso sentar’”, declarou Back.
Por fim, a arbitragem feminina deve estrear ainda na primeira rodada da fase de grupos. Contudo, ainda não existe uma data exata definida para a ocasião.
Foto destaque: Kin Saito/CBF