O Palmeiras de Abel Ferreira voltou a vencer no último domingo (7) e se firmou na segunda colocação do Campeonato Brasileiro. Os paulistas visitaram o Goiás na Serinha e massacraram o adversário por 5 x 0. A torcida palmeirense presente no estádio proferiu o famoso “olé”, tão comuns no Brasil, fato que irritou o técnico português.
“Eu venho habituado a uma cultura diferente. Eu não gosto (de quando a torcida grita ‘olé’). Isso para mim é desrespeitar o adversário quando o nosso time está com a bola e nosso torcedor está dizendo ‘olé’ para mim isso é desrespeitar o adversário. Mas o nosso torcedor é soberano e tem a decisão de fazer aquilo que ele quer. Eu prefiro que continuem cantando nossos cantos, nossas músicas“, afirmou o português.
Abel justificou que, além de achar um desrespeito, o grito muda a postura dos jogadores em campo, que passam a tocar sem objetividade apenas para ouvir os torcedores.
“Os jogadores começam a entrar em uma que começam só a tocar a bola, ter posse, não gosto desse jogo de posse sem intenção. […] Quando existem esses ‘Olés’ tem essa tendência de fazer esse jogo muito passivo. Eu não gosto por essas duas razões“, explicou.
Por fim, o técnico apontou que a melhor foram de respeitar o adversário é “continuar a jogar, a fazer gols, jogar a bola para área, o máximo que nós conseguimos“.
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Essa não é a primeira vez que os gritos de “olé” irritam Abel Ferreira. Em abril do ano passado, quando o Palmeiras reverteu a vantagem do rival São Paulo na final do Paulistão e aplicou 4 x 0, a torcida esboçou o canto, mas rapidamente o português pediu que parassem, fato repetido no duelo contra o Corinthians, no mesmo mês, momento que o Verdão venceu o Alvinegro por 3 x 0.
Com ou sem olé, Abel Ferreira e o Palmeiras voltam aos gramados do Allianz Parque na próxima quarta-feira (10), em duelo contra o Grêmio pela quinta rodada do Brasileirão.