O Flamengo parece perdido na síndrome do que já viveu, se é que isso existe de fato. O Rubro-Negro carioca penou para vencer o Tolima, jogando na Colômbia, na última quarta-feira (29).
Assim, nem o golaço marcado por Andreas Pereira em sua última partida pelo clube, conseguiu ofuscar o péssimo desempenho do time comandado por Dorival Júnior.
“Eu não sou dono do meu nariz. O Manchester (United) que decide essas coisas também. Eu gostaria de permanecer, mas não está nas minhas mãos 100%. Vou ver o que é melhor para mim e para o clube”, disse Andreas ao fim da partida.
Entretanto, a análise fica ainda mais rigorosa quando se leva em conta o fato do Tolima estar com desfalques e chegar para a partida logo após perder o título colombiano para o Atlético Nacional.
Mesmo combalido, o time local fez o gesto Santos trabalhar e exigiu que Léo Pereira salvasse o Mengão de um gol certo.
Contudo, o torcedor rubro-negro estaria rindo à toa se a partida contra o Tolima fosse um acidente de percurso, mas não é.
Flamengo parou no tempo
O Flamengo paga pelos próprios erros. Errou em demitir Rogério Ceni, errou em não renovar o elenco campeão em 2019 e errou na condução do vestiário.
O clube mais rico do Brasil parece precisar de um divã, uma busca pelo autoconhecimento, que o levará a refletir como chegou até o quadro de agora.
Ou seja, a bola não entra por acaso. É preciso talento, recursos financeiros e organização. O Flamengo deixou de ter uma gestão profissional, que faz o que é preciso para o projeto vencedor continuar, independente de gratidão
Finalmente, o bonde passou e o Rubro-Negro parece ter ficado pelo caminho. É necessário uma correção de rota, caso contrário, será mais uma ano de seca na Gávea.
Foto Destaque: Nathã Soares / CRF