Presente no grupo C da Copa Sul-Americana 2023, o Tacuary, do Paraguai, será rival do RB Bragantino em duelo na próxima quinta-feira (6). Patryck Ferreira, atacante do clube paraguaio e ex-base do Internacional, conversou com exclusividade com o Futebol na Veia e analisou o duelo contra a equipe da Red Bull.
“Espero um confronto muito bom, pois o estilo de jogo dos times é diferente, e isso faz com que cada um tenha que tomar o máximo cuidado possível. Sabemos que no futebol, em uma competição de nível internacional, ganha quem erra menos”, detalhou.
Porém, o grupo do Tacuary não é dos mais acessíveis para equipe paraguaia. Além dos brasileiros, a chave tem Estudiantes, da Argentina, e Oriente Petrolero, da Bolívia. Patryck afastou a acunha de “azarão” e confia no trabalho para avançar de fase.
“Sei que é um grupo forte e que precisamos estar o mais preparado possível para poder passar de fase. Não vejo o Tacuary como o azarão porque não acredito em sorte e sim no trabalho. então vamos trabalhar para poder ir o mais longe possível”, comentou o brasileiro.
O Tacuary abre a competição com o RB Bragantino e também fecha contra os brasileiros. O atacante de 24 anos espera chegar nesse jogo ainda com chances de classificação, o que, segundo Patryck, “elevará ainda mais o nível da partida”.
Em seis jogos até o momento, sendo três como titular, Patryck Ferreira marcou um gol e ainda busca se firmar como titular.
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Companhia de brasileiros no Tacuary
O elenco do Tacuary é um tanto diferente para uma equipe paraguaia. Além de Patryck, o plantel conta com os brasileiros Edson Cariús, Igor Ribeiro e Valdeci. O atacante de 24 anos comentou sobre como é a convivência com os compatriotas.
“A resenha é a melhor de todas (hahaha). Estamos sempre juntos, e procuramos sempre ajudar um ao outro, pois sabemos como tudo fica mais fácil quando nós ajudamos. Me dou bem com todos no grupo, mas é claro que ter outros brasileiros ajuda muito no dia a dia”, exaltou.
O fator de ter três companheiros do mesmo país pode ter ajudado Patryck na adaptação. Apesar do futebol “ser um pouco diferente”, o jovem falou que rapidamente se ambientou no clube.
Mesmo com o entrosamento verde e amarelo no elenco, o Tacuary vive momento de instabilidade na temporada. Em 10 jogos no Campeonato Paraguaio, o time conquistou apenas uma vitória e atualmente ocupa a lanterna. Patryck teve que conviver com a troca do técnico Robert Pereira por Carlos Paredes logo em seu início.
“Foi uma transição boa (de técnico), porém, pelo que parece não encaixamos bem, pois continuamos sem resultados positivos mesmo depois de algumas partidas. Sei que precisamos trabalhar mais. O grupo é bom, mas ainda não engrenamos”, explicou.

Com sonho de defender o Brasil, Patryck não descarta jogar por outro país pela experiência internacional
A única passagem profissional de Patryck Ferreira em solo brasileiro foi pelo União Suzano. Ainda muito jovem, o atacante passou pelo futebol sul-coreano, onde o ajudou a crescer na profissão.
“Foi algo incomum (a passagem pela Coreia do Sul), não só por ser uma cultura totalmente diferente, mas também pelo futebol que é bastante desigual. A passagem pelo futebol asiático foi importante para me fazer crescer na profissão, e me fez enxergar como o mesmo esporte pode ser tão diferente em cada canto do mundo”, disse.
O outro clube de fora de Patryck foi o CD Vida, de Honduras, em que virou xodó da torcida e até ganhou o apelido “Hulk caribenho“.
“Logo que cheguei eles começaram a me chamar assim (Hulk caribenho). A recepção foi ótima, pois até os torcedores adversários tinham um carinho por mim. Consegui me adaptar rápido, fiz gols importantes e me acham com o corpo parecido com o do Hulk. Foi legal, uma ótima experiência, onde fui muito bem tratado”, comentou.
Com a carreia construída na Coreia do Sul, Honduras e agora no Paraguai, o jogador não descarta a possibilidade de defender outro país daqui a alguns anos. Porém, atualmente Patryck segue com o objetivo de defender a Seleção Brasileira.
“Atualmente não vejo essa possibilidade (de jogar por outra seleção), pois sempre tive um sonho de menino de defender as cores do meu país, e ainda trabalho com esse pensamento. Mas sei que esse tipo de convite pode acontecer e não descarto essa possibilidade daqui a alguns anos”, finalizou.
Foto destaque: divulgação/Tacuary