Essa é uma questão que todos vivem se perguntando ao longo da vida: Libertadores da América ou UEFA Champions League? Qual é melhor? Vamos aos fatos. O nível técnico apresentado na Liga dos Campeões da Europa nem se compara ao futebol sul-americano. Os melhores jogadores do mundo estão no cenário europeu, por mais que muitos deles tenham saído da América do Sul. O dinheiro está lá, o que faz com que possam contratar quem bem entenderem, na medida do possível e generalizando bem. Onde tem o “money”, tem o que há de melhor, no quesito técnica, arenas e por aí vai.
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EUROPA: A BELEZA, O SHOW, O ESPETÁCULO
Toda a beleza, os dribles, o Tiki-taka, os gols, as tabelas, são muito bem orquestradas. Podemos ver a qualidade de cada passe de um jogador. A cada virada de bola ou lançamento é possível pensar, às vezes até ouvir, um: “NOSSA!!!”. Cada defesa incrível que lamentamos, quando é o goleiro adversário, e nos aliviamos, quando é o nosso goleiro. É cada golaço que rola. Europa é show! Desde o “esquenta” do jogo, até a cobertura no final da partida.
GOLEIROS
O que dizer de goleiros como o brasileiro Ederson, que conquistou espaço na Europa após uma boa temporada pelo Benfica, observado por Pep Guardiola e trazido ao Manchester City para “tomar o lugar” do chileno Cláudio Bravo, porque sabia muito bem trabalhar com os pés e vem conquistando a torcida e a todos com seu futebol. Há também outros jovens e talentosos guarda-redes como o francês Areola (Paris Saint-Germain) e os alemães Kevin Trapp (PSG), Ter Stegen (Barcelona) e Karius (Liverpool). Há outros que já estão consolidados como o espanhol De Gea (Manchester United), o belga Courtois (Chelsea), o francês Lloris (Tottenham) e o costa-riquenho Keylor Navas (Real Madrid). Sem esquecer outros que são considerados dentre os maiores da história, Manuel Neuer (Bayern de Munique) e Buffon (Juventus).
ZAGUEIROS
Quando se falar em zagueiro bom na atualidade, viajamos direto a Europa, mais especificamente a Espanha, para lembrar dos espanhóis Sérgio Ramos (Real Madrid) e Piqué (Barcelona) ou talvez a França para lembrarmos dos brasileiros Thiago Silva e Marquinhos (PSG). Sem deixar de fora o alemão Hummels (Bayern) e o italiano Chiellini (Juventus). Estes são exemplos de bons zagueiros. Além de não pensarem duas vezes na hora de definirem uma jogada, seja na zaga ou no ataque.
LATERAIS
Neste quesito o Brasil tem os dois melhores da atualidade há muitos anos: Marcelo (Real Madrid) e Daniel Alves (PSG). Ambos destoam na frente dos outros por desempenharem, principalmente, um excelente papel no ataque de seus times, seja com passes, cruzamentos, dribles ou gols, sempre estão ganhando títulos atrás de títulos. Mas ainda podemos destacar o francês Kurzawa (PSG), o brasileiro Rafinha e o austríaco Alaba (Bayern), o espanhol Jordi Alba (Barcelona), Alex Sandro (Juventus), o brasileiro Danilo e o inglês Kyle Walker (City) e Carvajal (Real Madrid).
VOLANTES
A qualidade de passe aqui é impressionante. Os botes e roubadas de bola também. Os responsáveis por dar segurança a defesa e ainda iniciar os ataques, estão em montes na Europa. Nomes como o do francês Paul Pogba (United), o hispano-brasileiro Thiago Alcântara e o chileno Arturo Vidal (Bayern), o espanhol Busquets, o croata Rakitic e o brasileiro Paulinho (Barcelona), o italiano Marchisio, o francês Matuidi e o alemão Khedira (Juventus), o brasileiro Fernandinho e o alemão Gundogan (City), o brasileiro Casemiro, o alemão Toni Kroos e o croata Modric (Real Madrid) e o francês Kanté e o espanhol Fábregas (Chelsea), são os destaques no quesito.
MEIAS
Quanto mais para frente avançamos, mais qualidade temos. O colombiano James Rodríguez (Bayern), o espanhol Iniesta e o brasileiro Philippe Coutinho (Barcelona), o bósnio Pjanic e o argentino Dybala (Juventus), o belga De Bruyne e o espanhol David Silva (City), o inglês Dele Alli e o dinamarquês Erikssen (Tottenham) e o belga Eden Hazard e o brasileiro Willian (Chelsea) são os principais destaques na Europa.
ATACANTES
Aqui a briga é boa, para não dizer PERFEITA. Cada um tem sua escolha e montaria seu top 3 com jogadores diferentes. É fácil apontar os principais, mas difícil dizer que não é destaque. No Manchester United temos o chileno Alexis Sánchez, o belga Lukaku e o sueco Ibrahimovic. No PSG tem o uruguaio Cavani, junto ao francês Mbappé, o argentino Di Maria e o brasileiro Neymar. No Bayern destaques são o francês Riberý, o holandês Robben, o alemão Thomas Müller e o polonês Lewandowski.
No Barça, o uruguaio Suárez e o argentino Lionel Messi. Na Juventus, o argentino Higuain, o brasileiro Douglas Costa e o croata Mandzukic. No Liverpool temos o trio com o brasileiro Firmino, o egípcio Salah e o senegalês Sadio Mané. No City, o argentino Sergio Aguero, o inglês Sterling, o alemão Sané e o brasileiro Gabriel Jesus. No Tottenham tem o artilheiro da temporada europeia, o inglês Harry Kane. No Chelsea tem o espanhol Morata. E no Real Madrid, o melhor do mundo, o português Cristiano Ronaldo, aliado ao galês Bale e o francês Benzema.
MAS O QUE FAZ TERMOS DÚVIDAS ENTÃO?
Se todos os bons jogadores estão na Europa e todas as qualidades que aparecem aqui logo são levadas para lá, o que faz ainda termos dúvida sobre qual a melhor competição dentre as duas? A resposta pode ser dada no mais famoso clichê dos tempos modernos: Champions League é futebol Nutella, Libertadores é raiz!
O QUE NOS FAZ AMAR LIBERTADORES?
A Libertadores da América é o que podemos chamar de futebol raçudo. É um futebol que, muitas vezes, falta técnica, mas sobra na vontade. Os jogadores jogam diante de dificuldades para tentar se sobressair, ser observado por um time maior e ser vendido. São viagens longas, com escalas, campos esburacados, torcedores cantando euforicamente, mas todos dando o seu máximo. É uma paixão! É muito mais provável você ver um time numa final ou até campeão de forma inédita na Libertadores do que na Liga dos Campeões.
Todos gostam de assistir um jogo de qualidade da Champions League, e a maioria é, mas NENHUM sul-americano trocaria o jogo do seu time na Libertadores por um jogo de Champions. A paixão dos “libertadores” é maior que a qualidade. É o sentimento de olhar um jogo, ver o jogador sangrando e querendo continuar em campo, cair desacordado, levantar e voltar ao jogo, jogar com a touca de natação para segurar o corte no supercílio. É um envolvimento passional inexplicável.
As brigas, por mais ruins que sejam para o esporte, chega a ser engraçado, como Luis Fabiano dizendo: “Numa confusão com argentinos, jamais a gente pode ficar de fora, tem que ajudar os companheiros […] Entre brigar e bater o pênalti, eu prefiro ajudar na briga”, após briga generalizada entre São Paulo e River Plate, em 2003, e Felipe Melo dando “tapa na cara” de uruguaio, no jogo contra o Peñarol, em 2017. A “Liberta” tem o futebol que mais se assemelha ao famoso “rachão” das ruas, dos campos de barro que jogamos, da várzea. Não é uma #VivaVárzea, é uma #AmorPeloCamisa. Não que os jogadores ainda tenham isso, mas é amor do torcedor pela sua camisa, do seu clube do coração, sua maior paixão, seu manto.