Copa do Mundo Feminina: relembre a melhor campanha da Seleção Brasileira

A Copa do Mundo Feminina de 2023 inicia no próximo dia 20 de julho, em duelo entre uma das anfitriãs, Nova Zelândia, e Noruega. A outra sede, a Austrália, joga com a Irlanda logo depois. Essa será a primeira edição do mundial da modalidade com 32 seleções na disputa, divididas em oito grupos com quatro países cada – como no formato do masculino até 2022.

A Seleção Brasileira Feminina está no grupo F ao lado de Panamá, equipe que estreia em 24 de julho, além de França e Jamaica. Comandadas pela técnica sueca Pia Sundhage, as jogadoras buscam superar a melhor campanha da história do Brasil, quando, em 2007, foi vice-campeã para a Alemanha. Relembre essa trajetória histórica.

Melhor campanha da história da Seleção Brasileira na Copa do Mundo Feminina teve Marta inspirada e Alemanha pausando o sonho

O formato da Copa de 2007

Disputada na China em setembro de 2007, a Copa Feminina contava com apenas 16 seleções divididas em quatro grupos com quatro países cada. As duas melhores campanhas da chave avançaram às quartas de final, depois semifinais e final. Como de costume, todas as disputas de mata-mata foram em jogos únicos.

O time base da Seleção Brasileira Feminina

O Brasil, treinado pelo técnico Jorge Barcellos, jogava na formação 3-5-2, com mudanças para 3-4-3 com o movimento da meia Daniela Alves. Inicialmente, a titular da ala direita foi Rosana Jatobá, que perdeu a posição para Elaine.

Assim, a Seleção Brasileira Feminina vice-campeã tinha a seguinte escalação: Andréia; Aline, Renata Costa e Tânia; Elaine, Daniela Alves, Formiga, Maycon e Ester; Cristiane e Marta.

A trajetória do Brasil até sua única final de Copa do Mundo Feminina

A Seleção Brasileira caiu no grupo da anfitriã China, além de Dinamarca e Nova Zelândia. O Brasil não enfrentou resistência nessa chave, com três vitórias em três jogos, 10 gols marcados e nenhum sofrido, com direito a duas goleadas (5 x 0 nas neozelandesas e 4 x 0 nas chinesas). Marta balançou as redes quatro vezes, enquanto Cristiane marcou três vezes.

As quartas de final contra a Austrália foi o desafio que faltou ao Brasil na fase de grupos. A equipe treinada por Jorge Barcellos abriu 2 x 0 com menos de 25 minutos, mas viu as adversárias igualarem o placar no segundo tempo. Aos 30 minutos da etapa final, Cristiane recebeu na meia-lua e mandou um belo chute no ângulo, para recolocar o Brasil nas semifinais de uma Copa – fato que não acontecia desde 1999.

Na semifinal, a principal favorita, a Seleção dos Estados Unidos, sofreu nas mãos das brasileiras a exemplo do que aconteceu dois meses antes nos Jogos Pan-Americanos, onde o Brasil conquistou a medalha de ouro goleando as adversárias por 5 x 0. Na Copa do Mundo Feminina, o placar foi menor, mas ainda sim gigante: 4 x 0.

Leslie Osborne abriu o placar em gol contra, enquanto Cristiane marcou um e a rainha Marta balançou as redes duas vezes – em uma delas, um dos gols mais marcantes da história das Copas. A camisa 10 recebeu pela ponta esquerda, deu um “chapéu” à meia altura que virou um drible da vaca, invadiu a área, limpou mais uma marcadora e finalizou de direita.

A grande decisão

O último jogo da Copa do Mundo Feminina 2007 guardou grandes emoções. A etapa inicial foi aberta, com boas chances para os dois lados. Pelo Brasil, Daniela Alves carimbou a trave e quase abriu o placar na decisão.

Na etapa final, a Alemanha voltou melhor e abriu o placar aos sete minutos com a atacante Birgit Prinz. Antes dos 20 minutos, a Seleção Brasileira teve sua oportunidade de igualar o placar. Pênalti da zagueira Bresonik em cima de Cristiane, Marta na cobrança, e a goleira Angerer brilhou e evitou o empate. No final da partida, Simone Laudehr deu números finais com gol de cabeça.

A Copa de Marta

O pênalti perdido por Marta na final não apagou a Copa histórica feita pela jogadora. Foram sete gols em seis jogos, fato que garantiu para Rainha o prêmio de melhor jogadora e artilheira da competição.

Em 2023, Marta disputará sua sexta Copa do Mundo Feminina. Considerando tanto feminino quanto masculino, a camisa 10 é a maior artilheira da história das Copas do Mundo com 17 gols em 20 partidas.

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Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinícius Amorim

Carlos Vinicius é nascido e criado em São Paulo e jornalista formado pela Universidade Paulista (UNIP). Na comunicação, escreveu sobre futebol nacional e internacional no Yahoo e na Premier League Brasil, além de esports no The Clutch. Como assessor de imprensa, atuou no setor público e privado.