Em suma, o Vasco vem trabalhando, ao longo do ano, em um novo estatuto para sua vida como clube social e de futebol. Decerto, esta foi uma pauta de campanha da direção que está no comando e que abriu para outras chapas participarem. O documento vem se moldando de forma detalhada e ainda não tem data para entrar em votação. Entretanto, como a maioria do conselho votante faz parte da chapa do Presidente Jorge Salgado, a aprovação deverá acontecer.
Portanto, na última semana, um ponto do novo estatuto chamou a atenção da torcida: a possibilidade do clube se tornar empresa. Decerto, com a recente permissão do governo federal, alguns times vem se ajustando para abrir capital e, de fato, se tornarem grandes empresas. Casos como Botafogo-RJ, Cruzeiro e Athletico-PR são os mais famosos e mais avançados.
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Etapas a se cumprir internamente no Vasco para virar empresa
Portanto, no caso do Vasco, existiriam algumas etapas a se cumprir para que o clube faça a transição. O consultor do novo estatuto, Fernando Monfardini, comentou sobre o processo vascaíno:
“Não é nem possível essa decisão. A comissão de reforma do estatuto está trabalhando para um estatuto do clube, que é uma associação. O estatuto não vai tomar nenhuma decisão para o Vasco, isso cabe à iniciativa da diretoria com o aval do Conselho Deliberativo e Assembleia Geral de sócios do Vasco, que é o poder soberano do clube. A possibilidade de se constituir empresa existe desde 98, pelo menos. Agora com a lei da SAF houve uma regulamentação maior sobre o tema. Diversos estatutos abordam essa possibilidade, até pela previsão legal. A minha avaliação é que a lei cobre poucos aspectos de transparência e governança e também não define o rito. Dessa forma, o que foi discutido é deixar claro que cabe ao CD e AGE a aprovação de plano desse (caso ele venha a ocorrer), além de exigir padrões mínimos de governança, transparência, compliance e auditoria”.
Foto destaque: Reprodução/Vasco