No dia 2 de janeiro de 2021, o Cruzeiro completou 100 anos de história. Essa, de um time gigante que conta com várias conquistas. Algumas delas são: duas Libertadores, três Brasileiros e seis Copas do Brasil. E claro, com ídolos que nunca saíram da cabeça do torcedor, como Alex, Sorín, Nelinho e o atual goleiro Fábio, entre outros. Mas o atual momento do clube não condiz com nada dessa história.
Com uma campanha pífia na Série B, oriunda de uma má administração dentro e fora de campo, a equipe celeste decretou sua permanência na 2ª divisão do Brasileirão. Com dívidas que só crescem, escândalos com a diretoria antiga e contratações que não renderam dentro de campo. Os torcedores sofrem com esse momento do clube, que já virou motivo de piada para os seus rivais. Eventualmente, antes dessa atual crise, o time estava acostumado a estar presente na briga por título em grandes competições. Para deixar mais evidente, listamos alguns dos motivos para que o Cruzeiro fizesse uma campanha tão ruim na temporada.
Contratações mal sucedidas
Foram 23 contratações feitas pelo clube no decorrer desta temporada. Fora ainda os atletas que estavam emprestados para outras equipes e foram reintegrados pelo Cruzeiro, somando 32 jogadores. Esse excesso de atletas não trouxe nenhum benefício para o clube. Ao contrário, trouxe ainda mais problemas para os treinadores que passaram pelo clube este ano. Apenas alguns deles ainda são utilizados como titulares pelo técnico Felipão, como: Raúl Cáceres, Ramon, Régis, Marcelo Moreno, Airton e William Pottker. Isso é o próprio retrato da troca de diretoria do clube no decorrer do ano de 2020, o que só trouxe malefícios para o Cabuloso.
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Dança das cadeiras dos treinadores
O Cruzeiro começou o ano de 2020 com o treinador Adilson Batista, que continuou o breve trabalho de três jogos da Série A no fim de 2019. Mas, logo em março, no Campeonato Mineiro, o treinador foi demitido. Três dias depois da demissão, foi anunciado o novo comandante: Enderson Moreira. Entretanto com o bom aproveitamento no comando do clube, de 58%, o treinador não resistiu à pressão por uma sequência de seis jogos sem vitórias e acabou sendo demitido.
Em seguida, veio o treinador Ney Franco para assumir a equipe, que também não conseguiu bons resultados à frente do clube, o que culminou na sua saída. Por fim, chegamos ao atual treinador, Felipão, que cumpriu sua meta de livrar a equipe celeste do rebaixamento, o que é muito pouco, sobretudo, para uma equipe do tamanho do Cruzeiro.
Mas, o torcedor cruzeirense não tem um segundo de tranquilidade. O atual comandante Felipão ainda não garantiu sua permanência na Raposa. Seu vínculo com o clube vai até o fim de 2022, mas isso não garante nenhuma da manutenção do treinador na equipe. A diretoria do time espera esse aval para começar o planejamento para a temporada de 2021.
Escândalo da diretoria
O ano de 2020 para o Cruzeiro também foi marcado por incertezas na diretoria. Depois da renúncia de Wagner Pires de Sá no final de 2019. Logo depois, o presidente em exercício foi José Dalai Rocha. Dalai anunciou que seria feita uma eleição em maio, para decidir o presidente “tampão” até o final do ano de 2020, por conta da renúncia de Pires de Sá. Então foi aí que Sergio Santos Rodrigues foi eleito.
Em uma outra eleição anunciada em outubro pelo Conselho Deliberativo, Rodrigues foi reeleito. Esse mandato vale para os anos de 2021 a 2023. Ou seja, uma confusão que afetou o clube dentro de campo, onde havia divergências em relação a reforços que chegariam e na troca de comandos da equipe.
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Foto destaque: Divulgação/Bruno Haddad/Cruzeiro