Copa do Mundo Feminina 2023: conheça as seleções estreantes no torneio

A Copa do Mundo Feminina de 2023 será a primeira edição do torneio com 32 seleções, assim como eram disputados os Mundiais masculinos até o Catar no ano passado.

Por causa do aumento de vagas, o Mundial de Austrália e Nova Zelândia terá o maior número de estreantes da história da competição.

Oito equipes participarão pela primeira vez de uma Copa do Mundo Feminina na edição de 2023. Anteriormente, o recorde era de cinco em 2015.

Entenda como cada uma das estreantes chegou ao Mundial.

Filipinas

As Filipinas se classificaram pela primeira vez ao Mundial após terem seu melhor desempenho na história da Copa Asiática Feminina em 2023.

Após ficarem em segundo lugar em um grupo com Austrália, Indonésia e Tailândia, as filipinas bateram a Taipé Chinesa nas quartas de final para garantir a vaga nas semifinais e no Mundial.

O caminho na Copa Asiática parou na derrota por 2 x 0 para a Coreia do Sul, mas elas já tinham alcançado o principal objetivo da primeira participação no Mundial.

https://twitter.com/PilipinasWNFT/status/1487831310865690625

Será a primeira vez que a equipe asiática vai a um dos principais torneios do futebol feminino, já que ainda não participou dos Jogos Olímpicos.

Haiti

O Haiti participa pela primeira vez da Copa do Mundo Feminina após conquistar sua vaga na repescagem intercontinental estabelecido pela Fifa para classificação para esta edição.

A vaga na repescagem foi conquistada com o terceiro lugar do no Grupo A do W Championship de 2022, a principal competição de seleções femininas da Concacaf. As caribenhas perderam para EUA e Jamaica, mas venceram o México por 3 x 0 para ficar com a terceira colocação.

Na repescagem, o Haiti bateu o Senegal por 4 x 0 e o Chile por 2 x 1 em jogos realizados em Auckland, na Nova Zelândia, em fevereiro deste ano.

Será a primeira vez que a equipe do Caribe vai a um dos principais torneios do futebol feminino, já que ainda não participou dos Jogos Olímpicos.

Irlanda

A Irlanda se classificou a um torneio de elite da modalidade pela primeira vez na Copa do Mundo Feminina de 2023. Antes disso, a seleção não havia jogado nem a Eurocopa.

Após ficar em segundo lugar do grupo das eliminatórias europeias que tinha Eslováquia, Finlândia, Geórgia e Suécia, as irlandesas foram à segunda fase da repescagem continental.

Na repescagem, a Irlanda venceu a Escócia fora de casa por 1 x 0, com gol de Amber Barrett, e garantiu a vaga no Mundial.

https://twitter.com/IrelandFootball/status/1579939077260214273

Marrocos

Marrocos participa de um torneio intercontinental feminino pela primeira vez no Mundial de 2023. A vaga foi garantida com o excelente desempenho na Copa Africa de Nações Feminina de 2022.

Após vencer todas as partidas da fase de grupos com Burkina Faso, Senegal e Uganda, as marroquinas conquistaram a vaga ao bater a Botsuana nas quartas de final.

https://twitter.com/EnMaroc/status/1547342072801382401

 

A campanha de sucesso continuou com a vitória sobre a Nigéria na semifinal e o segundo lugar no torneio, o melhor resultado da equipe na história.

Panamá

Após a seleção masculina estrear na Copa do Mundo de 2018, em 2023 será a vez das mulheres panamenhas participarem do torneio pela primeira vez.

A vaga das centro-americanas foi conquistada na repescagem mundial com vitórias sobre Papua Nova Guiné (2 x 0) e Paraguai (1 x 0). Lineth Cedeño foi a responsável por marcar o gol que garantiu a estreia das panamenhas na Copa.

https://twitter.com/fepafut/status/1628595348598824960

Portugal

O futebol feminino de Portugal segue em ascensão. Após se classificarem para as últimas duas edições da Eurocopa, as Quinas agora vão para a Copa do Mundo pela primeira vez.

As portuguesas ficaram em segundo lugar do grupo das eliminatórias europeias com Alemanha, Bulgária, Israel, Sérvia e Turquia. Com isso, elas foram para repescagem continental. Vitórias contra Bélgica (2 x 1) e Islândia (4 x 1) colocaram a seleção em uma nova repescagem, desta vez a mundial.

A decisão foi contra Camarões e a vaga veio de forma dramática. As portuguesas venciam por 1 x 0 até o penúltimo minuto do jogo, quando as camaronesas empataram. Já nos acréscimos, a árbitra marcou um pênalti para as Quinas e Carole Costa converteu para garantir a participação no Mundial.

https://twitter.com/selecaoportugal/status/1628352917580267521

 

Vietnã

O Vietnã participará de uma Copa do Mundo, seja feminina ou masculina, pela primeira vez na história.

As vietnamitas conquistaram a vaga através de Copa Asiática de 2022, mesmo lutando contra problemas de Covid-19 no elenco durante a preparação da seleção em jogos ns Espanha.

Após derrotas pesadas para Coreia do Sul e Japão na fase de grupos, as vietnamitas foram para a repescagem com três equipes lutando por uma vaga no Mundial. Elas venceram a Tailândia (2 x 0) e a Taipé Chinesa (2 x 1) para conquistar a última vaga direta do continente asiático.

https://twitter.com/FootyVietnam/status/1490256287212486659

Zâmbia

A Zâmbia fará sua primeira aparição na Copa do Mundo em 2023, mas não será o primeiro torneio intercontinental disputado pela seleção. Em 2021, as Copper Queens disputaram as Olimpíadas de Tóquio e fizeram parte do grupo do Brasil. Elas perderam para Holanda (10 x 3) e Brasil (1 x 0), mas saíram com um ponto após o empate com a China (4 x 4).

As zambianas conquistaram a classificação ao Mundial pelo bom desempenho na Copa Africana de Nações de 2022. Elas foram líderes do grupo com Camarões, Tunísia e Togo, e depois garantiram a vaga ao passar pelo Senegal nos pênaltis nas quartas de final do torneio.

https://twitter.com/CAFwomen/status/1547319441091956738

O feito foi alcançado sem a maior jogadora da história do país, Barbra Banda. De acordo com a federação local, a capitã da seleção foi excluída da competição por não atender as regras de gênero estabelecidas pela Confederação Africana de Futebol para a competição.

Matheus R. Ribeiro

Matheus R. Ribeiro

Matheus R. Ribeiro é natural de Uberlândia (MG), onde se formou em Jornalismo no Centro Universitário do Triângulo (Unitri) em 2014. Antes de chegar ao FNV, passou por Trivela, ExtraTime e Yahoo, participando da cobertura de três Copas do Mundo e cinco Olimpíadas.