No início da segunda década do século XX, o futebol do Uruguai já despontava como um dos melhores do continente americano e seu campeonato nacional era muito respeitado. Logo, a seleção do país era dotada de muito prestígio em todos os campeonatos que disputava graças a sua técnica apurada e conceitos táticos avançados. Em suma, foram as conquistas internacionais da alviceleste que chamaram atenção e proporcionaram partidas memoráveis naquele ano.
COPA LIPTON 1912
Em 15 de agosto de 1912, pela primeira vez naquele ano, Uruguai e Argentina se encontraram, desta vez no Parque Central, para uma nova Copa Lipton. Os mandantes ainda não podiam contar com um ataque composto por José Piendibene Carlos Scarone e Ángel Romano. A imprensa uruguaia, citada em da época escreveu: “A partida foi brilhante, sem precedentes em nossa análise esportiva. Os atacantes guiados por Piendibene eram uma força consciente e poderosa, cujos esforços foram combinados em direção à meta oponente”. Pela terceira vez consecutiva, o Uruguai venceu o torneio , com gols de Dacal e Scarone, mas o ano épico estava apenas começando.
COPA HONOR 1912
Em 22 de agosto, o Uruguai recebeu novamente a Argentina pela Copa Honor, uma espécie de possível revanche pela Copa Lipton. Apesar, ou por causa de muitas mudanças no lado argentino, os donos da casa venceram com três gols avassaladores marcados por Dacal, Scarone e Romano. Contudo, os jornalistas esportivos elogiaram o time argentino na ocasião e consideraram esta partida mais disputada que confrontos anteriores.

O TIME DO URUGUAI DE 1912
Os onze titulares do Uruguai de 1912 se repetiram várias vezes e podemos ter uma ideia dos jogadores mais utilizados. Cayetano Saporiti nas gaiolas, José Benincasa e Martín Aphesteguy na zaga, Jorge Pacheco, José Maria Durán e Alfredo Foglino no meio-campo, Vicente Módena, Pablo Dacal, José Piendibene, Carlos Scarone e Ángel Romano no ataque.
Alguns destes jogadores tiveram uma carreira modesta. José Durán, por exemplo, foi elogiado como um jogador excepcional do ano de 1912, antes de finalmente, em 1913, escolher estudos de direito e parar o futebol aos 23 anos de idade. Muitos continuaram suas carreiras em nível nacional, como o zagueiro Benincasa, apelidado de intransitável, nove vezes campeão nacional durante seus vinte anos de carreira.
De fato, os êxitos obtidos nesses tempos fizeram da seleção celeste uma das potências no futebol mundial e admirada por todos os que acompanham o mundo do futebol.
Foto destaque: Reprodução/OCuriosodofutebol





