Em 1º de maio de 1936, Joaquim Sabino Ribeiro Chaves, Epaminondas Vital e Isnard Cantalice criaram a Associação Desportiva Confiança, em Aracajú. O nascimento no Dia do Trabalhador não se mostraria uma coincidência vazia. Além de germinar no bairro Industrial, o conjunto se consolidou com atletas que atuavam após o expediente na fábrica de tecidos que deu nome ao clube.
A ideia acabou por democratizar algumas das modalidades esportivas que compunham as Olimpíadas Operárias. Sendo assim, foi solicitado ao dono e fundador Joaquim Ribeiro que essa proposta fosse desenvolvida. O projeto foi tão bem sucedido que se expandiu para diversas vertentes, incluindo o estímulo a grupos femininos, até chegar ao futebol.
O primeiro título nessa categoria se concretizou em 1948, o que rendeu a inserção do coletivo na Federação Sergipana de Futebol, que organizava os campeonatos estaduais. As relações de proximidade entre o proprietário da fábrica e o alto clero do Bangu Atlético Clube são consideradas condições decisivas para essa tomada de decisão.
Após empate contra o Ypiranga em Erechim-RS o Confiança garantiu a vaga na Série B 2020. O dragão subiu!!!! pic.twitter.com/QVQa7Hwjhj
— Confiança (@adc_confianca) September 8, 2019
Dupla jornada
João Ramos foi contratado para atuar em diversas áreas da produção de tecidos. Antes disso, o faz-tudo treinava no Itabaiana, a quase 60 quilômetros de Aracajú. Garrinchinha, como é apelidado, foi apenas um dos casos de homens contratados teoricamente como funcionários tradicionais, mas que visavam o desempenho dentro das quatro linhas.
Conhecida como Super Equipe, o Confiança conquistou a primeira edição que disputou o Campeonato Sergipano, mas não pôde levantar o troféu. Isso porque o regulamento proibia jogadores transferidos de atuarem no primeiro ano após assinarem um novo contrato, regra que o Azulino descumpriu.
Conquistas
O torcedor do Dragão tem feitos tão grandes quanto qualquer taça conquistada em campo. Um exemplo marcante é o começo da caminhada profissional do time, acompanhada de perto por uma média de público espetacular. A representatividade do proletariado em meio a elite é um dos motivos apontados como pilar desse afeto coletivo.
Por fim, em um aspecto mais glorioso, a sala de troféus é invejável. São 12 campeonatos estaduais e quatro Copas Governador do Estado. O sucesso também é nacional, visto que é o único sergipano na Série B do Campeonato Brasileiro.
Foto destaque: Divulgação/ AD Confiança