Em suma, Tite ainda não achou a linha de frente ideal do Brasil. O trio de ataque tão reconhecido nas histórias da , hoje em dia tem apenas um nome como unanimidade: Neymar. Portanto, para o treinador, dois jogadores têm vagas praticamente cativa dentro do elenco dos 23 convocados. Richarlison e Gabriel Jesus estão praticamente em todas as convocações. Assim, em mais de 90% dos jogos, o trio de ataque é formado pelos três, com Richarlison atuando pela direita e Jesus como camisa 9.
Entretanto, em seus times, é comum que Jesus jogue pelo lado esquerdo, e o Pombo como 9 – funções diferentes das quais pede Tite. Por isso, quando entra em campo, o desempenho do ataque nem sempre é o melhor. Assim, o espaço para Gabriel Barbosa aparece, dado o grande momento do atleta em sua carreira. O jogador, que é o 9, de fato, mostrou um bom entendimento formando uma dupla com Neymar, e, assim, a vaga parece ter seu dono. Ainda assim, a hierarquia de Tite tem deixado Gabriel no banco para a entrada de Jesus, além da constante presença de Firmino, que não fez boa temporada, mas se mantém entre os convocados.
Brasil e a liberdade a Neymar
Portanto, a análise também deve passar pelo posicionamento de Neymar no campo. O camisa 10, hoje, entrega o mesmo jogo tanto como ponta-esquerda, tanto quanto meia. Por isso, Tite dá a liberdade para o craque flutuar em campo, e, muitas vezes, as atribuições táticas ficam em segundo plano. Portanto, a maioria da vezes em que Jesus está entre os 11 iniciais, a sua função é muito além de atacar. Ele cumpre as funções que Neymar deixa de lado para poder estar sempre livre.
Em suma, o trio ideal, mas hipotético, seria Neymar, Gabriel Barbosa e Richarlison. Estes poderiam jogar e funcionar em partidas que a seleção tem de propor, construir, normalmente contra rivais mais fracos. Por outro lado, Tite não abre mão de um meio campo forte e poder de marcação alto, e, assim, Jesus deve continuar como o titular.
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