Parabéns, Carlinhos Bala! O Rei de Pernambuco completa 41 anos!

Nesta quinta-feira (17), a coluna tem requintes reais! Isso porque, o autointitulado Rei de Pernambuco completa 41 anos. Assim, Vossa Majestade pernambucana atende pelo nome de Carlinhos Bala. Logo o Baixinho goleador se destacou no Trio de Ferro de Recife, mas foi no Santa Cruz e Sport que fez história e colecionou títulos. No entanto, também tem polêmicas e frases consagradas para contar.

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O DESPONTAR NO SANTA CRUZ

Assim, natural de Recife, José Carlos da Silva iniciou a carreira na base do Santa Cruz. Logo, em 1999, já dava seus primeiros passos no profissional. No entanto, viria realmente a se destacar a partir de 2005. Naquele ano, o Tricolor do Arruda havia conquistado o título pernambucano depois de 10 anos de jejum. Na Série B, realizou uma grande campanha que culminou com a volta à elite.

Logo, Carlinhos Bala foi peça fundamental e craque do time que recolocou o Santa Cruz na Série A. Assim, com gols, dedicação e entrega de campo, o atacante se tornou ídolo da Cobra Coral e representante do torcedor dentro de campo. No entanto, em 2006, na decisão do Campeonato Pernambucano contra o Sport, o atacante fez um gesto obsceno em direção a torcida leonina que gerou a primeira polêmica em Pernambuco.

O AUGE NO SPORT

Isso porque, o bom desempenho no Santa Cruz o fez o clube perder seus dois principais jogadores de outrora. Assim, Rosembrick foi para o Palmeiras e Carlinhos Bala arrumou as malas para o Cruzeiro. No entanto, na Raposa, nunca conseguiu se firmar e foi emprestado… ao Sport. Logo, o clube pelo qual ele causou polêmica na final estadual. Apesar de uma certa resistência por parte da torcida rubro-negra, tão logo nosso aniversariante desandou a fazer gols, esqueceram completamente!

E não foram poucos gols. Pois, no , certamente, Carlinhos Bala alcançou a tão esperada projeção nacional e auge na carreira. Poucos são os filhos do subúrbio recifense que deixam sua terra para atingir a glória nacional. Assim, no Leão, o atacante foi protagonista de um dos maiores títulos do Rubro-Negro: a Copa do Brasil 2008. Dessa forma, com gols importantes, postura de campeão e uma frase que entraria para a história, ele apagou o passado no Santa Cruz para ser ídolo na Ilha do Retiro. Somente nesta passagem, marcou 35 tentos em 117 partidas.

No entanto, ficou no Sport por apenas dois anos e, em 2009, já estava em seu terceiro clube do Recife, o Clube Náutico Capibaribe. Assim, se nos outros rivais, ele foi campeão, no Timbu passaria a conviver com a seca de títulos e gestos de indisciplina.Logo, mesmo carregando a camisa 10 e sendo o capitão, o Alvirrubro o dispensou em 2010 por um de seus comportamentos.

VAI, MAS VOLTA…

Após deixar o Náutico, ele passou por vários clubes brasileiros, entre eles Atlético-GO, Fortaleza e CRB. No entanto, vai e volta e sempre desembarcava em Recife e foi assim que iniciou as segundas passagens pelo Sport e Santa Cruz. Logo, sem se firmar no clube goiano, Carlinhos Bala retornou ao Leão em 2011, mas não sem o mesmo brilho de antes. Dessa forma, o que ficou marcado foi a vez em que colocou as luvas para defender o gol do Rubro-Negro, em um jogo do Pernambucano, após o goleiro Saulo sair machucado. Mas, o revival não parou na Ilha do Retiro.

Após uma passagem apagada pelo Fortaleza, Carlinhos Bala já estava de volta ao Santa Cruz, onde foi novamente campeão pernambucano em 2012. No entanto, tão logo acabou o estadual, foi liberado pelo Tricolor. A partir de então, se tornou um andarilho da bola teve passagens por mais nova clubes, mas sem nunca mais reeditar as exibições das primeiras fases no Santa Cruz e Sport.

UM COLECIONADOR DE POLÊMICAS E FRASES

No entanto, nem só o que fez em campo é capaz de descrever Carlinhos Bala. Isso porque, ele é daqueles jogadores antigos que com o microfone aberto podia-se esperar algo inusitado e polêmico. E não foram poucos. Como já dito, na final do Campeonato Pernambucano, em 2006, realizou um gesto obsceno com os braços cruzado, em alusão ao símbolo da torcida organizada Jovem do Sport. Mas, com os dedos em riste, em tom de provocação.

Em seguida, ainda na primeira passagem pelo Sport, Carlinhos Bala comemorou a vitória no Clássico dos Clássicos de forma provocativa. Pois, após o final da partida que foi vencido por 1 x 0, fez o gesto de um menino chorando, levando os alvirrubros à ira. Já em 2011, no Fortaleza pela Série C, se envolveu em uma polêmica por supostamente pedir para os jogadores do CRB deixarem o Tricolor do Pici marcar mais um gol. Isso porque, era o que precisavam para livrar o clube da queda à Série D, algo que fez ele se estranhar com os jogadores alagoanos.

Por fim, se hoje temos as pérolas de Marinho, “sabia não?!“, nosso aniversariante também é famoso por frases ditas após finais de partidas. Assim, desde a “a mão que aplaude é mesma mão que vaia“, passando pelo “Eu sou o Rei de Pernambuco“, a que deu alegrias ao torcedor do Sport aconteceu ao final do jogo de ida da final da Copa do Brasil. Logo, após Enilton marcar o gol de honra na derrota por 3 x 1, Carlinhos Bala falou que este teria sido o “gol do título“, e o final todos sabemos.

https://www.youtube.com/watch?v=Dg_WrWkF894

DE FATO, CARLINHOS BALA É O REI DE PERNAMBUCO

Dessa forma, Carlinhos Bala pode se considerar um privilegiado da bola. Pois, poucos são os que trafegam pelos três maiores clubes de Pernambuco e deixam boas histórias em cada um, apesar de a cada estadia ser odiado também pelos demais rivais. Foi em Pernambuco onde nasceu, se formou como jogador de futebol, ganhou os primeiros títulos, se tornou artilheiro e alcançou a glória nacional. De fato, Bala é o Rei de Pernambuco e disso ninguém duvida.

Parabéns, Carlinhos Bala!

https://www.youtube.com/watch?v=tAl6nL9JOl0

Foto Destaque: Reprodução / UOL

Ricardo do Amaral

Ricardo do Amaral

"Alvíssaras! Sou Ricardo Accioly Filho, pernambucano de 29 anos, advogado e estudante de jornalismo pela Uninassau. Tenho como mote que “no futebol, nunca serão apenas 11 contra 11”; é arte, é espetáculo, humanismo, tem poder de mover multidões e permitir ascensões sociais. Como paixão nacional do brasileiro, o futebol me acompanha desde cedo, entretanto como nunca tive habilidade para praticá-lo, busquei associar duas vertentes de minha vida: o prazer pela leitura e o esporte bretão. Foi nesse diapasão que encontrei no jornalismo esportivo o elo de ligação que me leva a difundir e informar o que, nas palavras de Steven Spielberg, é o “mais belo espetáculo de imagens que já vi”."