Nesta sexta-feira (14), a coluna 2 homenageia um dos times mais tradicionais do estado de São Paulo. A Associação Portuguesa de Desportos, ou simplesmente a 2, completa o seu centenário. Fundada no dia 14 de agosto de 1920, o Rubro-Verde conta com muitas glórias, times e jogadores históricos.
FUNDAÇÃO
Fundada na cidade de São Paulo, o clube é a união de cinco agremiações: os Luzíadas Futebol Clube, Associação 5 de outubro, Esporte Clube Lusitano, Associação Atlética Marquês de Pombal e Portugal Marinhese. A data foi escolhida para a fundação pois remete à Batalha de Aljubarrota, quando Portugal tornou-se independente da Espanha, em 1935.
PRIMEIRAS GLÓRIAS
Primeiramente, a Portuguesa se uniu ao então colégio Mackenzie, uma vez que este já estava inscrito para participar de campeonatos. Contudo, foram apenas três anos com o parceiro. Em 1923, o clube já era independente. Após 10 anos, o time começava a ganhar notoriedade com o 3° do Campeonato Paulista. Na época, um dos grandes destaques era o goleiro Filó, que futuramente seria campeão mundial com a Itália, em 1934.
Pouco tempo depois, a Lusa conquistou o bicampeonato paulista nos anos de 35/36. Logo, no primeiro título, o clube ganhou aquele campeonato de forma magistral. Ademais, na sequência, de forma mais magnifica, chegava ao segundo troféu do Estado.
DÉCADA DE 50
Primeiramente, os anos 50 foi de longe uma mais importante para a história do clube, nem tanto pelos títulos. Na época, a Portuguesa contava com jogadores de renome, que futuramente jogariam pela seleção. Nos primeiros anos, a equipe paulista mostrava seu ótimo futebol para os outros estados do país. Primeiramente, ganhando dois torneios: um em Salvador e outro em Belo Horizonte. Na capital baiana, o time ganhou da dupla Ba-Vi e, em Minas, venceu Atlético, América e Cruzeiro.
Além de ganhar notoriedade no futebol nacional, a Lusa foi desfilar seus craques e futebol encantador na Europa. Foi então que o clube conquistou o seu maior feito: os três títulos da Fita Azul. Esta honraria consiste em vencer de forma invicta uma expedição fora do país. Ainda no âmbito interno, a Portuguesa conquistou duas vezes o Torneio Rio-São Paulo. O primeiro título foi quando o clube, jogando um futebol atraente, venceu o Vasco. O segundo troféu veio após ganhar do Palmeiras.

Foto: Reprodução/Revista Manchete
Enfim, o elenco era farto de estrelas. Dentre os principais nomes, está Juninho Botelho, um dos grandes craques brasileiros. Além disso, contava com o ponta-esquerda Pinga, maior artilheiro da história do clube. Por fim, o lateral-direito Djalma Santos, que dispensa comentários, um dos maiores jogadores da história do futebol. Todos os craques eram comandados por Oswaldo Brandão.
ANOS 70 E 80
Primeiramente, a Lusa mostrava cada vez mais um futebol encantador, jogando duas belas campanhas no Paulista. Logo, o time conquistou novamente um título fora do Estado de São Paulo. Em 71, ganhou o Torneio Oswaldo Teixeira Duarte, em Goiânia. Ademais, em 1973, a Portuguesa foi à Turquia, onde venceu o Quadrangular de Istambul. Nesta nova conquista, o clube paulista venceu o Coritiba, Fenerbahçe e a Seleção Turca. Novamente, com um belo futebol, a equipe contava com nomes como Eneas e Cabinho, que futuramente se tornaria o maior artilheiro do futebol mexicano.
Nos anos 80, a Lusa fez ótimas campanhas no Campeonato Brasileiros e no Paulista. O time contava com a genialidade de Edu Marangon no meio e com Luís Pereira, comandando a defesa.

Foto: Reprodução/Terceiro Tempo
BRASILEIRÃO 96
O ano começou de forma incrível, ao vencer o Torneio Início do Campeonato Paulista. Mas o melhor ainda estaria por vir, quando a Lusa surpreendeu no Brasileirão. Com um futebol valente, a equipe chegou ao vice-campeonato nacional.
Ademais, a equipe se classificou na 8ª colocação e, logo nas quartas de finais, iria enfrentar o Cruzeiro. O presidente da Raposa ironizou: “Pegamos a Portuguesa? Então já estamos na semifinal!”. Mas a Fabulosa não se intimidou e ganhou as duas partidas, garantindo a classificação. Na semifinal, novamente um clube mineiro: agora o Atlético. Após uma vitória simples no Morumbi, a Lusa apenas empatou fora de casa. Com isso, a equipe chegava à sua primeira final da história contra o Grêmio.

Foto: Reprodução/Pinterest
Ademais, na finalíssima, a Portuguesa jogou muito e venceu o primeiro jogo em São Paulo por 2 x 0 e foi para o Sul precisando só de um empate. Na partida no Rio Grande do Sul, a Lusa não foi bem e perdeu a partida por 2 x 0. O regulamento acabou premiando o time de melhor campanha e título ficou com o Tricolor Gaúcho.
Apesar de não trazer o título, o time paulista foi um dos melhores da história. A escalação era: Clemer, Walmir, Émerson, César e Carlos Roberto; Capitão, Gallo, Caio e Zé Roberto; Alex Alves e Rodrigo Fabri. Por fim, o técnico era Candinho.
BARCELUSA
Em 2011, jogando a Série B, o clube jogou um futebol magnifico, envolvente, com toque de bola refinado e muito ofensivo. Este estilo de jogo foi comparado com o futebol do Barcelona. Com isso, a equipe então recebeu o apelido de Barcelusa.

Foto: Reprodução/Globo Esporte
Essas comparações chegaram aos grandes jornais espanhóis, devido ao belo futebol apresentado pelo clube. Ademais, a Lusa fez uma campanha histórica na segunda divisão: conquistou o acesso com sete jogos de antecedência e título com três rodadas para o fim. Enfim, somando 23 vitórias, 13 empates e apenas três derrotas, o time marcou incríveis 82 gols na competição. Até hoje essa excelente campanha esta na história do Campeonato Brasileiro. Por fim, os principais nomes daquele time foram o goleiro Weverton, o volante Guilherme e o atacante Edno.
Foto destaque: Divulgação/Facebook/Portuguesa


