25 de novembro de 2007. Foi neste ano que, Bahia x Vila Nova, se enfrentaram pela Série C na velha Fonte Nova. Curiosamente, o jogo também representava acesso para o Esquadrão, assim como o deste sábado (22). Sendo assim, caso empatasse ou vencesse, estaria na Série B de 2008. Diante de mais de 60 mil pessoas, o Tricolor comemorava o acesso à Segundona com o empate em 0 x 0. No entanto, o que era para ser de alegria, acabou em tristeza.
Quem está escrevendo este texto, estava lá, com seus nove anos de idade. Quando uma parte de uma estrutura de concreto do estádio cedeu e abriu um buraco na arquibancada superior. Dezenas de pessoas caíram: Márcia Santos Cruz, Jadson Celestino Araújo Silva, Milena Vasquez Palmeira, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto, Midiã Andrade Santos e Joselito Lima Jr não tiveram a sorte de sobreviver infelizmente.
Arthuzinho fala do trágico 2007
Enquanto milhares de torcedores comemoravam a acesso no gramado, choro, dor e tenção ecoava do lado de fora.
No jogo, Bahia era escalado com: Márcio; Alison, Eduardo e Rogério; Luciano Baiano, Emerson Cris, Fausto, Elias (Inho Baiano) e Adilson; Moré (Charles) e Nonato. O treinador daquele time era Arturzinho.
– Eu acho interessante o Bahia, porque eles são gratos por esse negócio de 2007. Foi muito difícil subir com o Bahia com salários atrasados. Tinha dificuldade até de os funcionários voltarem para trabalhar no dia seguinte. A comissão técnica e os jogadores tiravam do próprio bolso para que eles voltassem no dia seguinte – lembrou Arturzinho.
Choro ontem sorriso hoje
O estádio foi prontamente interditado, demolido em 2010 e reerguido como Arena em 2013. Desde então, já recebeu jogos de Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas. Para o Bahia, já foi palco de títulos e, agora, caso vença e os adversários percam, marcará a subida do Esquadrão de Aço de volta à elite em 2023. Com toda certeza, tanto o torcedor que viveu 2007 quanto as vítimas, serão lembrados.
Foto Destaque: Welton Araújo/Agência A Tarde/AE