A Confederação Brasileira de Futebol anda fazendo reuniões com os clubes participantes do Campeonato Brasileiro da Série B 2022 e também aqueles que para a que foram promovidos para a divisão em 2023, para tratar sobre as estratégias de negociação dos direitos de transmissão da categoria, tanto na TV aberta como nos canais pagos.
Numa dessas reuniões, o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e os demais convidados, escolheram uma comissão formada por Chapecoense, CRB, Guarani, Sampaio Corrêa e Vitória para juntamente com Evandro Figueira, representante da agência de marketing esportivo IMG, a viabilizar os diálogos com possíveis interessados em transmitir os jogos tanto do campeonato do ano que vem, como dos próximos.
Atualmente, os direitos de transmissão são exclusivos da Rede Globo, que exibe a competição em seus canais Sportv e Premiere. Segundo o jornalista Rodrigo Mattos, do portal UOL Esportes, o atual contrato custou em torno de 200 milhões e os clubes receberam entre 6 e 8 milhões de reais cada.
O objetivo disso tudo é flexibilizar o estilo de negociação, que até agora era de certa maneira mais rígida, pois as cotas recebidas da Globo eram fixas e por um prazo longo. No momento, esse contrato está chegando ao fim. Portanto, a CBF quer decidir logo quem deve ficar com pelo menos a maior parte contratual, pois há a possibilidade da emissora de TV aberta ser uma e a de canal fechado ser outra.
Um detalhe pode atrapalhar
Apesar de todos estarem bem otimistas com essa comissão, um entrave para que a negociação aconteça de forma mais rápida e satisfatória é que justamente os quatro clubes líderes da Série B, Cruzeiro, Grêmio (já promovidos à Série A), Vasco da Gama e Bahia já mantinham um contrato, válido até 2024 com a Globo, que trocam as cotas fixas pelas rendas adquiridas no pay-per-view, que acabam sendo mais vantajosas.
A venda dos direitos deve ser fechada ainda neste ano porque o próximo campeonato já se inicia no mês de abril e essas negociações geralmente começam muito tempo antes, às vezes, até com anos de antecedência. O próximo ciclo deve ser longo ou curto, dependendo dos valores oferecidos.
Foto Destaque: Divulgação/CBF