Atlético-MG adota melhorias na Arena MRV e prepara grande mudança para 2024

Após erros em eventos-testes, o Atlético estudou tudo e busca ter mais acertos no seu primeiro jogo oficial

O Atlético-MG confirmou nesta terça-feira (22) que o jogo contra o Santos no próximo domingo (27), pelo Campeonato Brasileiro, será na Arena MRV. O duelo vai marcar o primeiro jogo oficial do estádio, que passou por melhorias após erros em seus testes e projeta uma grande mudança para 2024.

O jogo contra o Santos que vai marcar a estreia da Arena MRV terá um público de 30 mil torcedores, número abaixo da capacidade máxima do estádio (46 mil). Isso porque o Atlético ainda adota cautela e vê esses primeiros jogos ainda como testes para melhorar o necessário para ter sua casa lotada.

No evento anterior, denominado “Lendas do Galo”, que aconteceu no dia 16 de julho, a Arena MRV recebeu 20 mil torcedores, mais do que o evento anterior, o “Nascimento do Campo”, que teve menos de 10 mil. Esses eventos serviram para o clube ver os erros e repará-los para essa estreia oficial. Uma das grandes críticas foi a demora no atendimento e a falta de comida nos bares. O Galo então trabalhou para tentar resolver isso.

– Estamos com as cozinhas mais operacionais. Por exemplo, a gente preparava o tropeiro nos bares, agora vamos preparar na cozinha e levar eles para somente montar nos bares. Vamos abrir os portões com mais de 2500 tropeiros preparados”. Disse Bruno Muzzi, CEO do Atlético e da Arena. Para ter mudança, o estádio ampliou os turnos da cozinha, que agora serão dois, com um entrando às 20h do dia anterior e outro às 6h do dia do jogo. “Também não tínhamos caixas térmicas, compramos todas agora para não ter que ficar abrindo no freezer. Temos mais de 40 espalhadas nos bares. Temos carrinhos de chopp. Estamos com todas as cervejas já para o jogo e para os shows, não vai ter falta. Elevadores exclusivos para equipes de comidas e bebidas – afirmou Muzzi.

Outros detalhes também, como estacionamento e esplanada, foram repensados. Eles serão abertos com quatro horas de antecedência para o jogo, que está marcado para 18h30, mas deve ser alterado para 16h, ou seja, vai abrir 12h. O clube também planeja colocar atrações na esplanada para justamente atrair o público cada vez mais cedo e evitar problemas.

– Mapeamos tudo e estamos tentando fazer diferente. Esses erros que falei, espero que a gente acerte, mas aí vamos descobrir quais outros vão surgir. A gente viu tudo que deu errado para tentar melhorar, e obviamente vamos errar muito a partir do próximo jogo”, disse Muzzi.

Quando a Arena MRV terá capacidade máxima?

Como explicado, os 30 mil torcedores que vão para a Arena MRV no domingo estarão presenciando a história, com o primeiro jogo oficial do estádio, mas também vão vivenciar os testes, que vão seguir por um tempo até os gestores do local entenderem que tudo está nas condições adequadas.

Com essas condições alcançadas, a Arena MRV vai poder receber sua capacidade máxima. No entanto, Bruno Muzzi disse que acha que: “a Arena terá, operacionalmente, a sua capacidade plena a partir do ano que vem”.

Vale destacar que o documento do Ministério Público que libera os jogos no estádio informa um máximo permitido de 44.892 pessoas. Ou seja, número abaixo da capacidade máxima do estádio. Para conseguir a liberação dos 46 mil, o Galo terá que acertar alguns detalhes e solicitar novas vistorias e laudos, por isso só deve acontecer para 2024. Os laudos atuais valem até o fim do ano corrente.

Mudança no gramado da Arena MRV

Já pensando na próxima temporada, o Atlético prepara uma grande mudança no gramado da Arena MRV. Atualmente, o estádio possui grama natural, no entanto, a tendência é de que em 2024, a grama artificial seja implementada.

Bruno Muzzi explicou que a grama natural é mais barata, custa cerca de R$ 900 mil, enquanto a grama artificial gira em torno de R$ 10 milhões. Ou seja, aumentaria muito o custo da Arena. Por isso, a natural foi escolhida de início.

– Sempre falei que minha preferência era pelo gramado sintético. Mas a gente teria que aumentar o valor (da Arena) ainda mais, e não tínhamos orçamento para isso. Ainda tinha muito preconceito contra grama sintética. Hoje diminuiu, mas ainda tem, como discussões de que ela causa mais lesões.

O CEO explica que a substituição deve ocorrer pois a grama natural “morre” se não tem constante contato com o sol e, como a Arena MRV é muito fechada, isso ocorre em algumas partes. Ele citou o exemplo do Allianz, que tinha grama natural e, só em 2019, trocou o gramado nove vezes. Já a grama sintética, que o Palmeiras adotou a partir de 2020, não apresenta esse problema.

– Vamos ver o comportamento agora. Temos os jogos e os shows. Vamos cobrir o gramado e ver o comportamento, mas muito provavelmente vamos fazer a substituição para o sintético. É uma outra ciência. São diversos tipos – disse Muzzi, que explicou que Botafogo, Athletico-PR e Palmeiras possuem gramas sintéticas diferentes em seus estádios.

Alecsander Heinrick

Alecsander Heinrick

Alecsander Heinrick se formou em Jornalismo na PUC Minas em 2021. Antes de Trivela e Futebol na Veia, passou por Esporte News Mundo, EstrelaBet e Hoje em Dia.