Análise: como chega o Vila Nova à Série B

Primeiramente, começa nesta sexta-feira (28) a Série B do Campeonato Brasileiro de 2021. Sendo assim, 20 times brigaram para alcançar a uma vaga na tão sonhada elite do futebol nacional. A partir disso, fizemos uma análise de como o Vila Nova, atual campeão da Série C, chega à competição. Dessa forma, entenda o estilo da equipe goiana, comandada pelo técnico Wagner Lopes.

Defesa do Vila Nova

A princípio com uma defesa sólida, o lado direito ainda pode trazer problemas ao Vila Nova durante a temporada. Celsinho, lateral-direito que deixou o clube nesta quinta-feira (27), quando sobia para apoiar o setor ofensivo, não conseguia se recompor a tempo, muito por conta da velocidade. Com isso, deixava um espaço naquele lado para o adversário contra-atacar.

Também por isso, Danilo Belão, de 24 anos, chegou recentemente ao clube para a posição e deve assumir a titularidade já contra o Botafogo nesta sexta-feira (28). Para a zaga, a diretoria trouxe também Renato Palm e Ricardo Lima, ambos zagueiros que defenderam a Aparecidense no Estadual. Por fim, o destaque defensivo fica para o zagueiro e capitão Donato, com 1.93 m de altura. Também por isso, a bola parada é um dos trunfos dos goianos. Entretanto, vem provando do seu próprio veneno.

Meio-campo

Partindo para o meio-campo, o time goiano conta com Dudu, um dos destaques do time. A saber, o volante foi considerado o Melhor Jogador do Campeonato Goiano de 2021, em votação encabeçada pela Rádio Sagres, de Goiânia. Os pontos fortes do jogador são a precisão nos passes e o desarme.

Ao seu lado, Arthur Rezende vinha numa crescente, inclusive, marcando dois gols no jogo de ida das quartas de final do Goianão. Entretanto, na decisão por pênaltis na final do torneio estadual, em duelo com o Grêmio Anápolis, Arthur isolou a bola na cobrança. Sendo assim, o atleta foi o único a errar a penalidade. Consequentemente, o troféu ficou com o rival anapolino.

Agora sem Alan Mineiro, que teve seu contrato rescindido na última quarta-feira (26), o Vila Nova terá de suar para conseguir outro camisa 10 à altura. A princípio, quando o meia estava fora por conta de lesão, o jovem João Pedro, de 22 anos, um dos destaques do sub-23 do clube, entrava em seu lugar. Contudo, ainda não conseguiu demonstrar a mesma desenvoltura na equipe profissional. Inicialmente, a criação deveria ficar por conta do garoto, mas Arthur Rezende vem chamando a responsabilidade. 

Ataque

Talvez a maior deficiência do time seja justamente na criação. Ainda assim, quando constrói boas jogadas ofensivas, os atacantes não conseguem finalizar com precisão. Como é sabido, no futebol, a equipe somente altera o placar se acertar a meta, ou seja, precisa ter bom aproveitamento nos chutes ao gol. Com isso, os jogadores de frente do Colorado ainda precisam calibrar a mira. 

Na ponta-direita, o Tigre conta com o polivalente Pedro Bambu, um dos homens de confiança do técnico Wagner Lopes. O camisa 7, volante de origem, também já trabalhou na lateral-direita, mas atualmente faz a função de ponta. Ainda assim, Bambu não perdeu a característica defensiva. Com isso, tem auxiliado na marcação quando o rival tem a posse da bola.

Do mesmo modo, Kelvin, ex-Botafogo, tem se encontrado na ponta-esquerda do Colorado. Em 14 partidas, marcou três gols. Além disso, assim como Bambu, vem ajudando a defesa quando o Vila Nova não tem a posse de bola e é peça importante no esquema tático de Wagner Lopes.

Por fim, o centroavante Henan passa por momento instável. Como dito, o clube ainda sofre com a parte criativa, portanto, o camisa 9 acaba não tento muitas oportunidades para concluir as jogadas. Para a função, o atacante tem Pedro Júnior como seu principal concorrente. 

Esquema tático do Vila Nova

Quando ataca, a equipe 4-3-3 se torna um 4-1-4-1, com Henan à frente. 

Foto destaque: Divulgação/Vila Nova FC

Danyela Freitas

Danyela Freitas

Sou goianiense, graduada em Letras pela Universidade Federal de Goiás (UFG), pós-graduada em Jornalismo Esportivo pela Estácio-SP e tenho três grandes paixões: a escrita, a leitura e o esporte (não necessariamente nessa ordem).