Adson Batista faz duras críticas sobre técnicos brasileiros

Nesta quarta-feira (4), o  Atlético-GO, clube dirigido por Adson Batista, recebeu o Athletico-PR, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Contudo, o time não conseguiu levar a melhor, sendo eliminado do campeonato.

Contudo, antes da eliminação, o clube contava com o apoio do presidente Adson Batista, que tem um incrível “recorde” como cartola e torcedor rubro-negro.

Em mais de uma década e meia, primeiro como diretor de futebol, depois como presidente, Batista faturou oito títulos: uma Série B, uma Série C e seis Goianos, além de quatro grandes acesso, como um para Série B, três para Série A. Decerto, o dirigente ajudou a levar o Dragão da divisão de acesso do Estadual a uma hoje segura 9ª colocação na elite do Brasileirão, além das oitavas da Copa do Brasil.

Adson Batista não tem papas na língua

O presidente também é conhecido por não medir suas palavras. Em resumo, durante uma entrevista, foi muito franco ao ser questionado sobre as diferenças entre os técnicos brasileiros e os estrangeiros.

Na opinião do presidente do Atlético-GO, os treinadores nacionais estão muito defasados em relação aos gringos e necessitam de uma “qualificação profunda” para estar no mesmo nível.

“Eu vejo que o futebol brasileiro ainda precisa evoluir muito, em todos os sentidos. Algumas coisas dentro do campo têm que evoluir muito, taticamente falando. Eu vejo alguns treinadores, e olha que já trabalhei com muitos… Tem muito técnico que é treinador de cachorro, fica ali na beira do campo batendo palma e gritando ‘pega, pega, pega’, mas não sabe nem do que está falando em termos de tática”, disparou.

Além disso, afirma que alguns trabalham apenas com seus nomes:

“Muitos treinadores dependem muito de seus auxiliares e trabalham só com nome também. Então, eu acho que precisa de uma qualificação profunda dos treinadores brasileiros. Eles estão ficando para trás. Isso é uma opinião minha”, seguiu.

Ir para Europa não serve de nada!

Contudo, na opinião de Adson, os famosos “estágios” feitos por vários técnicos brasileiros com famosos comandantes europeus nos últimos anos também não servem de nada.

“Eu recebo informações de que alguns treinadores estrangeiros que vieram para o Brasil são muito estudiosos e estão um passo à frente dos brasileiros. Então, nós precisamos realmente qualificar melhor para ver uma evolução”, bradou. “Não adiante o cara falar: ‘Ah, eu fui lá no Manchester City, no Chelsea, e fiz um estágio lá'. Isso não adianta nada! O cara tem que fazer um curso bem feito, um negócio bem organizado, profundo, para que realmente qualifique. E não é um negócio só para ganhar dinheiro, e para falar que tem um certificado, porque não adianta nada se não tiver conceito e conteúdo nenhum”, complementou.

Foto destaque: Reprodução/ Bruno Corsino/Atlético-GO

Carla Regina

Carla Regina

23 anos, de São Paulo. O esporte sempre esteve presente em minha vida, e poder relacioná-lo com meu trabalho me permite vivenciar um mundo dentro dos fatos e a verdade!