Há exatos 25 anos, a conquistava a Copa do Mundo pela 4° vez. Dessa forma, após 24 anos de jejum, o elenco composto por Dunga, Edmundo, Bebeto, Romário, Taffarel e o calouro Ronaldo se consagrou campeão. Posteriormente, no dia 17 de julho de 1994, o Brasil inteiro parou para comemorar o tetra em uma competição marcada por polêmicas, redenção e muitas curiosidades. Confira:
POLÊMICAS
Após receber diversas criticas pelo jejum de títulos e o fracasso diante a maior rival Argentina em 1990, inegavelmente, a seleção brasileira estava envolvida em diversas polêmicas. A principio, a principal delas estava nos bastidores. Em outras palavras, o clima não parecia nada amistoso em meados de 1992. O atacante Romário, nesse hiato, destaque nas eliminatórias e na conquista da Copa América de 1989, estava revoltado.
Contudo, ao não ser escalado para o ultimo jogo antes da estreia da seleção no mundial, o craque gerou polêmica em uma coletiva de imprensa. Em suma, ao se denominar o melhor jogador da atualidade, sua atitude se fez surgir burburinhos nos bastidores da concentração. Eventualmente, o técnico Carlos Alberto Parreira bem que tentou se justificar ao falar que, poupará o jogador para testar um plano-b de ataque entre Careca e Bebeto. Todavia, o conflito interno já estava instalado gerando certo desgaste nos bastidores. Outrora, mais tarde Romário foi convocado e destaque na conquista do tetra.
REDENÇÃO
Quatro anos após o fracasso da eliminação de 1990, a canarinho ainda gerava desconfiança nos brasileiros. Simultaneamente, amagando um jejum de 24 anos, a necessidade do título mundial era evidente. Durante a disputa, a sequência de bons jogos diante Rússia e Camarões pela fase de grupo, animou à torcida. Entretanto, após um empate contra a Suécia a seleção chegou as quartas sobre desconfiança. Naquela altura, o baixinho Romário já havia marcado dois gols e junto a Bebeto era a esperança de gols da torcida brasileira.
Nas oitavas, a seleção enfrentou os donos da casa, Estados Unidos, em jogo sofrido. Com apenas um único gol de Bebeto, a equipe avançou as quartas. Nesse ínterim, o próximo adversário seria a temida Holanda. Foi então diante os holandeses, onde o Brasil faria seu embate mais difícil. De certo modo, a dupla Romário e Bebeto se destacariam, ao marcarem dois, dos três gols brasileiros. Após altos e baixos, a vitória sofrida por 3 x 2 foi um divisor de águas. Definitivamente ali, os brasileiros souberam que o titulo não viria sem dificuldades.
Em suma, agora na semi, novamente a seleção cruzava com a Suécia e Romário deixaria o seu, avançando a seleção a final. Enfim, chegava o momento de redenção diante a Itália. No tempo normal a partida se encerrou em 0 x 0. Com o resultado, o duelo caminhou para as penalidades e deixou o coração do torcedor sair pela boca. Nas cobranças, a frase ¨Vai que é tua Taffarel¨, foram eternizadas na voz de Galvão Bueno. No último pênalti decisivo, o italiano Roberto Baggio errou a cobrança ao chutar para fora, e eternizou o grito de ¨É tetra.¨

Curiosidades
Ao marcar diante a Holanda, o atacante Bebeto comemorou de forma inusitada. De certo modo, a comemoração foi uma homenagem a sua esposa, que na época estava grávida de Matheus. Denominada ¨embala neném¨, a comemoração simulava o craque segurando um bebê. O gesto é imitado até os dias de hoje por jogadores que homenageiam suas esposas grávidas. Curiosamente, mais tarde o filho de Bebeto, Matheus, além dos filhos de Mazinho e Romário se tornaram jogadores. Outra curiosidade que também marcou a conquista, foi a narração icônica de Galvão Bueno. O grito emocionante de “É tetra” caiu nas graças da torcida, sendo relembrado até os dias atuais.
Aliás, outro bordão que ganhou popularidade foi de Zagallo durante um desabafo, com a frase: ¨Vocês vão ter que me engolir.¨
Ainda em Zagallo , o ex craque deteve o recorde de títulos das Copas do Mundo em geral. Já vitorioso como jogador em 1958 e 1962, ganhou a competição como treinador em 1970 (sendo, até hoje, uma das 3 únicas pessoas a conquistarem a Copa como jogador e como treinador) e depois como assistente técnico em 1994, totalizando quatro conquistas em três funções diferentes. A conquista do tetra ainda marcou a estréia de Ronaldo Fenômeno como jogador de Seleção Brasileira. Por fim, mais tarde em 1998 em diante marcaria a geração de ouro da conquista de 2002.






